ONU denuncia lei israelense que permitiria cortar água e eletricidade da UNRWA

ONU denuncia lei israelense que permitiria cortar água e eletricidade da UNRWA

As Nações Unidas denunciaram, nesta terça-feira (30), a recente legislação israelense que autoriza o corte do fornecimento de água e eletricidade da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), com o risco de privar "milhões de pessoas" destes serviços básicos.

O Parlamento israelense aprovou na segunda-feira um projeto de lei apoiado pelo governo que proíbe fornecer água ou eletricidade a imóveis pertencentes à UNRWA. Além disso, o Estado poderá, em caráter imediato, tomar posse de terrenos do domínio público israelense que tenham sido utilizados pela agência. 

Em 2024, Israel já havia proibido a UNRWA de operar em seu território após acusar alguns de seus funcionários de terem participado do ataque do movimento islamista palestino Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. 

O chefe da agência, Philippe Lazzarini, criticou nesta terça-feira a nova legislação, classificando-a como "escandalosa" e afirmando que "se inscreve no âmbito de uma campanha sistemática e contínua destinada a desacreditar a UNRWA e a obstaculizar o papel central que desempenha" ao fornecer assistência aos refugiados palestinos. 

Filippo Grandi, diretor do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) até o fim de 2025 e ex-chefe da UNRWA, considerou a legislação israelense "muito lamentável". 

Em entrevista à AFP nesta terça-feira, Grandi lembrou que a UNRWA, ao contrário de outras agências da ONU, presta serviços públicos básicos como educação e saúde a milhões de refugiados palestinos em Gaza e na Cisjordânia, assim como em Líbano, Jordânia e Síria.

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