Mordomo do palácio presidencial da França é preso por furtar prataria
Mordomo do Palácio do Eliseu foi acusado de furtar uma centena de objetos e de revendê-los em sites na internet. Entre as pecas furtadas estavam taças de champanhe Baccarat e pratos de porcelana de Sèvres.Um mordomo do Palácio do Eliseu, a residência oficial da Presidência da França , foi preso nesta semana pelo furto de peças de prataria e utensílios de mesa avaliados em milhares de euros, informou a promotoria de Paris nesta segunda-feira (22/12). Cerca de 100 objetos, incluindo taças de champanhe Baccarat e pratos de porcelana de Sèvres que haviam sido dados como desaparecidos da coleção presidencial, teriam sido encontrados posteriormente no armário pessoal, no carro e residência de Thomas M., que trabalhava como mordomo-chefe do Palácio do Eliseu. Ele irá a julgamento juntamente com outras duas pessoas. Os investigadores disseram ter encontrado alguns dos itens, avaliados entre 15.000 e 40.000 euros (R$ 98 e R$ 262 mil), em sua conta no portal de venda de objetos usados Vinted. A Sèvres, que forneceu a maior parte das peças ao Palácio, identificou vários dos itens desaparecidos em sites de leilão online. O interrogatório da equipe do Eliseu levou os investigadores a suspeitar de um dos mordomos, cujos registros de inventário davam a impressão de que ele estava planejando futuros roubos. Os investigadores descobriram que o homem tinha um relacionamento com a gerente de uma empresa especializada na venda online de objetos, principalmente utensílios de mesa. Os investigadores descobriram em sua conta no Vinted um prato com a inscrição "Força Aérea Francesa" e cinzeiros nos quais estava grafado "Manufatura de Sèvres", que não estão disponíveis para o público em geral. Também foram recuperadas panelas de cobre e uma estatueta de René Lalique. Julgamento em fevereiro Dois dos suspeitos foram presos na última terça-feira. Os investigadores também identificaram um único receptador dos bens roubados. Os itens recuperados foram devolvidos ao Palácio do Eliseu. Os três suspeitos compareceram ao tribunal na quinta-feira, acusados de roubo conjunto de bens móveis listados como patrimônio nacional – um crime punível com até 10 anos de prisão e multa de 150.000 euros – além de receptação agravada. O julgamento foi marcado para 26 de fevereiro. Os réus foram colocados sob supervisão judicial, estão proibidos de se contatarem, de comparecer a leilões e impedidos de exercer suas atividades profissionais. O caso foi desvendado poucos meses após o roubo no Museu do Louvre, também na capital francesa, que resultou no furto de joias avaliadas em 88 milhões de euros. rc (AP, ots)
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