Alemanha expulsa cidadão sírio para o seu país pela primeira vez desde 2011

Alemanha expulsa cidadão sírio para o seu país pela primeira vez desde 2011

A Alemanha expulsou nesta terça-feira (23), pela primeira vez desde o início da guerra civil em 2011, um cidadão sírio para seu país, anunciou o Ministério do Interior, em pleno endurecimento da política migratória. 

O indivíduo, condenado por roubo, lesões corporais e extorsão, foi entregue "às autoridades em Damasco pela manhã", segundo um comunicado do ministério, que acrescentou que um cidadão afegão, o segundo nesta semana, também foi expulso. 

"As expulsões para a Síria e o Afeganistão devem ser possíveis. A nossa sociedade tem um interesse legítimo em que os criminosos deixem o nosso país", afirmou o ministro do Interior, Alexander Dobrindt, segundo a mesma fonte.

Este anúncio surge após meses de diálogos com o governo islamista sírio. Também foram feitos esforços semelhantes com os talibãs afegãos.

A Alemanha tinha como política não devolver aos seus países de origem cidadãos de países em guerra ou quando existisse um risco real para a pessoa expulsa. 

O chanceler Friedrich Merz, conservador aliado aos sociais-democratas, endureceu a política migratória do país, em um contexto de ascensão do partido antimigração Alternativa para a Alemanha, que atribui a criminalidade e recentes ataques islamistas à chegada maciça de imigrantes. 

Em novembro, Merz ressaltou que a Alemanha podia "claramente" expulsar sírios, mesmo que o país estivesse em ruínas e os combates continuassem em certos pontos do território.

A Alemanha também retomou as expulsões para o Afeganistão, apesar do retorno dos talibãs ao poder em 2021 e da repressão neste país.

Centenas de milhares de sírios e afegãos instalaram-se na Alemanha durante a crise migratória de 2015, quando a então chanceler Angela Merkel decidiu aplicar uma política de portas abertas.

alf/lep/mab/avl/yr/fp

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