Ataque da guerrilha ELN mata seis soldados colombianos

Ataque da guerrilha ELN mata seis soldados colombianos

Pelo menos seis soldados morreram e 28 ficaram feridos na quinta-feira (18) em um ataque com drones e explosivos contra uma base militar colombiana próxima da fronteira com a Venezuela, atribuído à guerrilha ELN, segundo o Ministério da Defesa. 

Em meio a negociações de paz frustradas com o governo do presidente de esquerda Gustavo Petro, o Exército de Libertação Nacional (ELN) executou o segundo ataque mortal contra as forças de segurança em uma semana, com oito pessoas assassinadas pela guerrilha e sem sinais de uma trégua de Natal, como a concedida nos anos anteriores. 

O ataque atingiu uma instalação de um batalhão de infantaria do Exército em uma localidade rural do departamento de Cesar (norte), informaram as Forças Militares em um comunicado.

"Rejeito com total veemência a ação terrorista do ELN", que utilizou drones e artefatos explosivos no ataque, escreveu o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, na rede social X.

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram militares feridos, em macas e cadeiras de rodas, em um centro médico local e um incêndio supostamente provocado pelas explosões em uma área da base.

O ministro anunciou uma recompensa de 50.000 dólares por informações que ajudem na captura dos responsáveis pelo ataque.

- Violência sem trégua -

As ações da guerrilha mais antiga das Américas contra militares e civis constituem a pior onda de violência em uma década, agravada pela pressão violenta de outras organizações armadas que enfrentam o Estado.

Outro ataque com explosivos atribuído aos rebeldes em Cali, a terceira cidade mais populosa do país, matou dois policiais na terça-feira.

Nesta semana, o ELN aumentou a pressão com uma "paralisação armada", como são conhecidas as frequentes restrições à mobilidade da população civil em áreas onde a guerrilha exerce a autoridade de fato.

Petro tentou negociar a paz com o ELN após assumir o poder em 2022, como parte de uma estratégia batizada de "paz total" para desmobilizar todos os grupos armados do país por meio do diálogo.

Mas, a apenas oito meses do fim de seu mandato, as negociações estão paralisadas, enquanto a oposição denuncia o fortalecimento das organizações ilegais. 

Em janeiro, o ELN assassinou mais de 100 pessoas e provocou o deslocamento de dezenas de milhares em uma região fronteiriça com a Venezuela conhecida como Catatumbo, o que sepultou as negociações.

O governo dos Estados Unidos retirou recentemente a Colômbia de sua lista de aliados na luta contra as drogas porque o presidente Donald Trump considera insuficientes os esforços do país, o maior produtor de cocaína do mundo.

Também impôs sanções econômicas contra Petro e vários membros de sua família. O republicano insinuou recentemente não descartar uma incursão terrestre para destruir laboratórios de drogas na Colômbia, somada aos bombardeios contra supostas 'narcolanchas' em águas internacionais do Caribe e do Pacífico, que deixaram mais de 100 mortos desde setembro.

vd/cr/pc/fp

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