Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7%

Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7%

A inflação nos Estados Unidos foi mais moderada do que os analistas esperavam em novembro, mostram dados oficiais publicados com atraso nesta quinta-feira (18).

O índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou 2,7% em 12 meses em novembro, informou o Departamento do Trabalho. 

O dado ficou abaixo dos 3% registrados em setembro, o mês mais recente para o qual havia dados completos devido a uma prolongada paralisação do governo.

Também surpreende as previsões dos analistas, que esperavam um aumento de preços de 3,1% nos 12 meses encerrados em novembro.

A inflação acelerou em 2025 depois que o presidente Donald Trump impôs novas tarifas sobre produtos de parceiros comerciais dos Estados Unidos. Algumas empresas relataram um aumento de custos. 

Mas o impacto sobre os consumidores foi mais moderado, já que as companhias se apressaram em abastecer seus estoques antes que preços de importação mais altos entrassem em vigor.

Muitas optaram por não repassar integralmente os aumentos aos seus clientes.

Os lares americanos, no entanto, continuam sentindo a pressão de preços elevados em geral.

Ao excluir setores voláteis como alimentos e energia, a inflação "subjacente" foi de 2,6% em novembro. 

O Federal Reserve tem uma meta de inflação de 2% a longo prazo.

O relatório desta quinta-feira ofereceu poucas comparações mensais, já que a paralisação (shutdown) do governo entre outubro e meados de novembro dificultou a coleta de dados de outubro.

- Debate sobre acessibilidade -

Os democratas garantiram vitórias nas eleições para prefeito e governador no mês passado, impulsionados por eleitores insatisfeitos com o aumento dos preços, o que evidencia as crescentes preocupações com o custo de bens e serviços. 

Os preços dos alimentos subiram 2,6% no mês passado, com carne, aves, peixes e ovos registrando aumentos de 4,7%. 

Os custos de energia também subiram 4,2% nos últimos 12 meses. 

Heather Long, economista-chefe da Navy Federal Credit Union, alertou que, com a paralisação do governo de 43 dias impactando a coleta de dados, "é difícil tirar muitas conclusões" para novembro. 

"O que se destaca nos dados do relatório é que serviços públicos, móveis e carros e caminhões usados estão impulsionando algumas das persistentes pressões inflacionárias. Isso é resultado das pressões tarifárias e da ascensão da inteligência artificial", concluiu. 

"Os americanos continuam sentindo a pressão em seus orçamentos mensais", acrescentou Long.

Embora os dados mais recentes sejam analisados quanto à sua possível influência nas futuras decisões do banco central sobre as taxas de juros, a falta de informações de outubro também cria um panorama incompleto do desempenho da economia. 

Os membros do Fed votaram em três reuniões consecutivas pela redução das taxas de juros e pelo estímulo à economia, em um contexto de enfraquecimento do mercado de trabalho, mas alguns apontam riscos de inflação persistente e recomendam cautela antes de novos cortes.

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