Reino Unido retornará ao programa europeu Erasmus em 2027

Reino Unido retornará ao programa europeu Erasmus em 2027

O Reino Unido alcançou um acordo com a União Europeia (UE) para retornar, em 2027, ao programa de intercâmbios universitários Erasmus, do qual se retirou no final de 2020 após o Brexit, anunciaram nesta quarta-feira (17) o governo britânico e o organismo continental.

"A adesão ao Erasmus+ é uma conquista importante para os nossos jovens, ao eliminar obstáculos e ampliar horizontes para que todos, independentemente da sua origem, tenham a possibilidade de estudar e formar-se no exterior", declarou o ministro britânico para as Relações com a União Europeia, Nick Thomas-Symonds.

O acordo é parte da retomada das relações com a UE empreendida pelo primeiro-ministro britânico, o trabalhista Keir Starmer, desde a sua chegada ao poder, em julho de 2024, após anos de tensões relacionadas com o Brexit entre o bloco europeu, integrado por 27 países, e os anteriores governos conservadores.

"A adesão ao Erasmus+ em 2027 deve proporcionar oportunidades significativas nos setores da educação, formação, esporte e juventude, tanto para as pessoas do Reino Unido como da UE, especialmente para as gerações mais jovens", afirmou a Comissão Europeia em um comunicado.

O acordo alcançado sobre o Erasmus deve ser aprovado pelos países membros da UE. 

Reino Unido e UE também anunciaram negociações sobre a participação britânica no mercado europeu de energia elétrica. 

Boris Johnson, então primeiro-ministro britânico, anunciou em dezembro de 2020 a decisão de abandonar o programa Erasmus, no qual o Reino Unido estava desde a sua criação, em 1987. 

Johnson destacou o custo do programa, que considerava muito elevado, argumentando que o Reino Unido recebia mais estudantes europeus (quase 35.000 por ano), contra 17.000 que enviava para o continente.

O Erasmus permite aos jovens dos 27 países membros estudar em universidades e centros de ensino superior associados da UE, oferecendo bolsas para cobrir as despesas.

Os estudantes pagam as matrículas em sua instituição de origem, enquanto os custos adicionais são cobertos pela UE com fundos públicos.

Desde o Brexit, os jovens europeus que estudam no Reino Unido devem pagar, como outros estudantes internacionais, tarifas universitárias elevadas, muitas vezes três vezes superiores aos valores pagos pelos britânicos.

Segundo o governo do Reino Unido, mais de 100.000 pessoas poderão ser beneficiadas pelo programa já no primeiro ano.

A contribuição britânica ao programa para o ano letivo de 2027-2028 será de quase 570 milhões de libras (4,19 bilhões de reais).

Desde a sua criação, nove milhões de pessoas foram beneficiadas pelo programa Erasmus.

adm-psr/pc/fp

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