Netanyahu diz que aprovou acordo de venda de gás israelense ao Egito
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou nesta quarta-feira (17) que deu sinal verde a um acordo de venda de gás ao Egito no valor de quase 35 bilhões de dólares (193 bilhões de reais na cotação atual).
"Hoje aprovei o maior contrato de gás da história de Israel. O valor do acordo chega a 112 bilhões de shekels [cerca de 191 bilhões de reais]. Desse total, 58 bilhões de shekels [aproximadamente 99 bilhões de reais] irão para os cofres do Estado", declarou Netanyahu em um comunicado televisionado.
"O acordo é com a empresa americana Chevron e parceiros israelenses que fornecerão gás ao Egito", acrescentou o dirigente.
"É o maior acordo de exportação da história do Estado" de Israel, afirmou o ministro da Energia, Eli Cohen, que estava a seu lado.
"Esse acordo reforça consideravelmente a posição de Israel como potência energética regional e contribui para a estabilidade da nossa região. Ele incentiva outras empresas a investirem na prospecção de gás nas águas econômicas de Israel, ricas em reservas", afirmou Netanyahu.
Nesta quarta-feira, grupo israelense de gás NewMed Energy anunciou em comunicado que recebeu "a autorização para exportar gás ao Egito, o que permite a concretização do acordo no valor de cerca de 35 bilhões de dólares" (aproximadamente 193 bilhões de reais).
"É um dia histórico para o mercado de gás natural, que garante a continuidade dos investimentos em Israel e cria estabilidade para os próximos anos", afirmou o diretor da NewMed, Yossi Abu, segundo a nota.
Em maio de 2023, o governo israelense aprovou um projeto de gasoduto terrestre de 65 quilômetros que ligaria Israel ao Egito, mas a obra sofre um atraso significativo.
Sua construção, destinada a reforçar o fornecimento de gás ao Egito, deve ser concluída em 2029, indicou a NewMed Energy em agosto.