2025: ano esportivo de transição até um 2026 olímpico e de Copa do Mundo

2025: ano esportivo de transição até um 2026 olímpico e de Copa do Mundo

Emoções, suspense, alegrias, frustrações, desilusões... O ano de 2025 foi rico esportivamente, apesar de ter sido uma temporada de transição até um 2026 que será de Jogos Olímpicos de Inverno e Copa do Mundo.

Até alguns anos atrás, os atletas aproveitavam o período pós-olímpico para descansar ou, pelo menos, diminuir um pouco o ritmo, enquanto aguardavam o início do ciclo de preparação para os próximos Jogos.

Mas a proliferação de competições significa que os atletas estão com cada vez menos tempo para descansar.

Foi o caso em 2025 para os dois principais esportes dos Jogos Olímpicos de Verão: atletismo e natação.

No atletismo, foi realizado o Campeonato Mundial em Tóquio, do qual o saltador com vara sueco Armand Duplantis e a velocista americana Sydney McLaughlin-Levrone emergiram como grandes estrelas, sem esquecer da espanhola María Pérez, da marcha atlética.

- Saltar um edifício de dois andares -

Duplantis conquistou a medalha de ouro e quebrou seu próprio recorde mundial novamente, estabelecendo-o agora em 6,30 metros, o que equivale a saltar sobre um edifício de dois andares.

McLaughlin-Levrone fez uma aposta, deixando de lado sua prova favorita, os 400 metros com barreiras, da qual foi campeã olímpica e mundial, para correr os 400 metros rasos.

E a aposta deu certo. A americana foi campeã mundial e registrou a segunda melhor marca da história (47.78), ficando a apenas 18 centésimos do recorde da alemã Martina Koch em 1985 (47.60), um dos mais antigos do atletismo.

María Pérez repetiu o ouro no Mundial ao vencer os 20 km e os 35 km da marcha atlética, uma dobradinha no atletismo antes só alcançada por Usain Bolt, Carl Lewis e Mo Farah.

O Mundial de Natação de Singapura teve a considerada "melhor final do século" nos 800 metros livre, com uma disputa de tirar o fôlego entre a americana Katie Ledecky, a australiana Lani Pallister e a canadense Summer McIntosh.

As três nadaram abaixo do recorde mundial durante os dois primeiros terços da prova e a vitória ficou com Ledecky, que ao final não conseguiu bater sua própria marca.

- Chelsea, primeiro campeão da Copa de Clubes -

No futebol, o maior destaque foi o título do Chelsea na primeira Copa do Mundo de Clubes com 32 equipes, realizada nos Estados Unidos e que serviu de aperitivo para o Mundial de seleções de 2026, o primeiro com 48 participantes e organizado em três países (EUA, México e Canadá).

O Paris Saint-Germain foi o vice-campeão desse novo torneio depois de uma temporada histórica, na qual o clube francês conquistou sua primeira Liga dos Campeões, enquanto na América do Sul o futebol brasileiro continuou dominando, com o Flamengo derrotando o Palmeiras na final da Copa Libertadores.

Os dois grandes ícones do futebol dos últimos 20 anos, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, não só se recusam a pendurar as chuteiras, como continuam a aumentar a sua impressionante lista de conquistas: o argentino foi campeão da MLS com o Inter Miami e o português venceu a Liga das Nações da Uefa com a seleção lusa.

Salvo alguma grande surpresa, ambos participarão da Copa do Mundo pela sexta vez em 2026.

- Tênis e esportes americanos -

No tênis, a rivalidade entre o espanhol Carlos Alcaraz e o italiano Jannik Sinner marcou a temporada.

Os dois dividiram os quatro Grand Slams (Roland Garros e US Open para Alcaraz; Aberto da Austrália e Wimbledon para Sinner). O italiano venceu o ATP Finals e o espanhol terminou o ano como número 1 do mundo.

Nos esportes americanos, o Oklahoma City Thunder foi o campeão da NBA e o Philadelphia Eagles foi o campeão da NFL.

As duas ligas tiveram eventos que atraíram os holofotes fora das quatro linhas: a transferência de Luka Doncic para o Los Angeles Lakers e o romance da cantora Taylor Swift com o jogador de futebol americano do Kansas City Chiefs Travis Kelce, com direito a pedido de casamento.

- Norris desbanca Verstappen -

Nos esportes a motor, o britânico Lando Norris acabou com o reinado do holandês Max Verstappen ao se tornar campeão mundial de Fórmula 1, enquanto na MotoGP o espanhol Marc Márquez recuperou o título depois de vários anos lutando contra as lesões.

Márquez não foi o único atleta que voltou a vencer depois de um período longe do topo: a lenda americana do esqui Lindsey Vonn venceu o Downhill de St. Moritz na última sexta-feira, oito anos depois de sua última vitória na Copa do Mundo e após cinco anos de aposentadoria.

Vonn será uma das estrelas dos Jogos de Inverno de Milão-Cortina (6 a 22 de fevereiro), outro grande evento esportivo de 2026.

Serão os primeiros Jogos com a ex-nadadora zimbabuana Kirsty Coventry como presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), cargo que assumiu em março, sucedendo o alemão Thomas Bach.

Coventry tem duas questões polêmicas para resolver nos próximos meses: a presença ou não de atletas russos e bielorrussos nas competições (eles estão excluídos desde 2022 devido à guerra na Ucrânia) e a decisão sobre se mulheres transgênero podem competir na categoria feminina.

mcd/raa/pm/cb

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