María Corina Machado apoia apreensão de petroleiro venezuelano pelos EUA
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, expressou seu apoio à apreensão de um navio-petroleiro pelos Estados Unidos na costa da Venezuela durante uma entrevista transmitida neste domingo (14) pela CBS.
"Apoio totalmente a estratégia do presidente (Donald) Trump", declarou ela em resposta a uma pergunta sobre possíveis novas apreensões de petroleiros e um possível bloqueio econômico ao seu país.
"Nós, o povo venezuelano, somos muito gratos a ele e à sua administração", acrescentou, chamando Trump de "paladino da liberdade" para as Américas.
Machado concedeu a entrevista em inglês.
O presidente dos EUA anunciou na quarta-feira que seu país havia apreendido um petroleiro na costa da Venezuela, um evento sem precedentes na crise entre Washington e Caracas, que o denunciou como um "ato de pirataria internacional".
Segundo Washington, a embarcação transportava petróleo da Venezuela e do Irã e havia sido sancionada pelo Departamento do Tesouro dos EUA em 2022 por supostos vínculos com a Guarda Revolucionária iraniana e o Hezbollah.
Em entrevista à CBS em Oslo, Machado declarou seu desejo de que os Estados Unidos, assim como países do Caribe, da América Latina e da Europa, adotem uma abordagem "legal" que "bloqueie de forma mais eficaz as atividades ilícitas do regime de Nicolás Maduro".
Em trechos desta entrevista transmitida antecipadamente na sexta-feira, ela expressou seu apoio ao aumento da pressão sobre Maduro para que renuncie e prometeu retornar ao seu país "o mais breve possível".
"Precisamos aumentar o preço de manter o poder pela força", afirmou a líder da oposição, acrescentando que, em algum momento, esse preço será tão alto para Maduro que "o regime entrará em colapso" e o país poderá "caminhar rumo a uma transição negociada".
Questionada se apoiava uma possível intervenção militar dos Estados Unidos para depor o líder venezuelano, ela respondeu: "Eu apoiaria o aumento da pressão para que Maduro entenda que precisa sair, que chegou a sua hora".
Após afirmar que desconhecia quaisquer planos dos EUA, ela enfatizou que não se trata de uma mudança de regime convencional, visto que eleições já foram realizadas na Venezuela.
Maduro iniciou seu terceiro mandato de seis anos após as eleições presidenciais do ano passado, que a oposição denuncia como fraudulentas. Muitos países da região, incluindo os Estados Unidos, consideram seu governo ilegítimo.