Ataque a tiros em universidade dos EUA deixa dois mortos e vários feridos
A polícia dos Estados Unidos prendeu uma pessoa neste domingo (14) em relação ao ataque a tiros na Universidade de Brown, que deixou dois mortos e nove feridos no sábado, disse o prefeito de Providence, Brett Smiley.
As autoridades prenderam "uma pessoa de interesse", afirmou ele.
Em uma coletiva de imprensa ao lado do prefeito, o coronel da polícia Oscar Perez disse que a pessoa foi detida "no início da manhã" e que, neste momento, as autoridades "não estão" procurando por mais ninguém relacionado ao ataque.
Centenas de policiais foram mobilizados em busca do suspeito do ataque a tiros, que levou ao confinamento do campus universitário.
As ruas ao redor da universidade, em Providence, Rhode Island, ficaram repletas de veículos de emergência horas depois de o atirador abrir fogo no sábado em um prédio onde provas estavam sendo aplicadas.
Este episódio de violência é o mais recente de uma longa série de ataques a campi universitários nos Estados Unidos, onde as tentativas de restringir o acesso a armas de fogo enfrentam oposição política.
Katie Sun, testemunha do ataque, contou ao jornal estudantil Brown Daily Herald que estava estudando em um prédio próximo quando ouviu os tiros.
Ela correu para o dormitório, deixando todos os seus pertences para trás. "Foi, honestamente, muito assustador. Os tiros pareciam vir de (…) onde ficam as salas de aula", disse ela.
Segundo a CNN, o estudante da Universidade de Brown, Lydell Dyer, estava se exercitando na academia da universidade no momento do ataque. "Tivemos que reunir todos, levá-los para o último andar, apagar as luzes e baixar as persianas", disse ele à emissora, observando que se escondeu silenciosamente no escuro com outras 154 pessoas.
Cerca de 400 policiais, de agentes do FBI à polícia universitária, foram mobilizados.
A polícia divulgou 10 segundos de um vídeo do suspeito caminhando a passos rápidos por uma rua deserta. Ele é visto de costas após abrir fogo dentro de uma sala de aula no térreo.
- Ninguém a salvo -
A Universidade de Brown é uma das mais renomadas dos Estados Unidos.
Oito dos nove feridos estão em estado grave, mas estável, informou o prefeito de Providence, em Rhode Island, Brett Smiley. A nona pessoa, atingida por estilhaços, foi levada posteriormente para o hospital, disseram as autoridades.
Dez das 11 vítimas eram estudantes, afirmou a reitora da Universidade de Brown, Christina Paxson, em uma coletiva de imprensa.
"Infelizmente, este é um dia que a cidade de Providence e o estado de Rhode Island rezaram para que nunca chegasse", lamentou Smiley, referindo-se às tragédias recorrentes causadas por armas de fogo nos Estados Unidos.
Os funcionários da universidade enfatizaram que o campus permanecia em confinamento.
O ataque ocorreu no edifício "Barus and Holley", onde ficam os departamentos de engenharia e física, e onde várias provas estavam sendo aplicadas no momento.
A Universidade de Brown relatou um "atacante ativo" às 16h22, horário local, no sábado (18h22 no horário de Brasília).
"Tranque suas portas, silencie seus telefones e permaneça escondido até novo aviso", dizia o alerta de emergência inicial.
A polícia e equipes de emergência correram para o local, e a emissora local WPRI noticiou a presença de roupas e sangue na calçada.
- Rezar pelas vítimas-
No vídeo divulgado pela polícia, o suspeito do ataque é visto saindo do prédio vestindo roupas escuras.
Testemunhas indicaram que ele também usava "uma máscara de camuflagem cinza", afirmou O'Hara, que enfatizou que qualquer informação útil para a investigação é bem-vinda.
O presidente Donald Trump declarou em sua conta na rede social Truth Social que foi informado sobre o ataque e que o FBI estava no local.
"Que coisa terrível", escreveu ele. "Tudo o que podemos fazer agora é rezar pelas vítimas".
Esta renomada universidade da Ivy League está localizada em Providence, perto de Boston, e tem aproximadamente 11.000 alunos.
- Armas de fogo nos EUA -
Com mais armas de fogo em circulação do que habitantes, os Estados Unidos têm a maior taxa de mortes por armas entre os países desenvolvidos.
Os ataques em massa são um flagelo recorrente que sucessivas administrações não conseguiram conter, visto que muitos americanos permanecem profundamente comprometidos com o direito de portar armas, garantido pela Constituição.
Em 2024, mais de 16.000 pessoas, sem contar os suicídios, morreram vítimas da violência armada nos Estados Unidos, segundo a ONG Gun Violence Archive.
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