Moraes questiona pedido de Bolsonaro para sair da prisão e passar por cirurgias

Moraes questiona pedido de Bolsonaro para sair da prisão e passar por cirurgias

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou em dúvida, nesta quinta-feira (11), a validade de um pedido de Jair Bolsonaro para sair temporariamente da prisão a fim de se submeter a cirurgias e ordenou que a Polícia Federal (PF) avalie a condição médica do ex-presidente.

Bolsonaro, de 70 anos, cumpre pena de 27 anos de prisão por tentar um golpe de Estado em 2022. Na terça-feira, sua defesa solicitou autorização para que seus médicos realizassem duas intervenções “imediatas” devido à piora de seu estado de saúde.

Em resposta, Moraes apontou que “os exames médicos apresentados pela Defesa não são atuais”.

“O mais recente foi realizado há 3 (três) meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”, indicou Moraes em documento obtido pela AFP.

O ministro também ressaltou que, em 22 de novembro, quando ingressou no sistema penitenciário, Bolsonaro foi submetido a um exame médico pericial, no qual não se registrou nenhuma condição médica que indicasse a necessidade de intervenção cirúrgica imediata.

Moraes determinou que a PF realize uma “perícia médica oficial” dentro dos próximos 15 dias “para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica apontada pela defesa” do ex-presidente.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar e foi enviado para a prisão por risco de fuga após tentar queimar a tornozeleira eletrônica que monitorava sua localização.

Seus advogados pediram autorização para dois procedimentos: um “bloqueio do nervo frênico” para tratar um soluço recorrente e uma cirurgia para reparar uma hérnia inguinal.

Ambas as intervenções exigem internação de cinco a sete dias e anestesia geral.

O ex-mandatário sofre sequelas permanentes da facada no abdômen que recebeu em 2018 durante um ato de campanha nas eleições presidenciais.

A defesa também pediu que Bolsonaro retorne à prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde.

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