AI acusa o Hamas de crimes contra a humanidade nos ataques de 7 de outubro

AI acusa o Hamas de crimes contra a humanidade nos ataques de 7 de outubro

A Anistia Internacional (AI) acusou nesta quinta-feira (11) o movimento islamista Hamas e outros grupos armados palestinos de crimes contra a humanidade, incluindo extermínio, durante e após os ataques de 7 de outubro de 2023 que desencadearam a guerra em Gaza.

"Grupos armados palestinos cometeram violações do direito internacional humanitário, crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante seus ataques no sul de Israel que começaram em 7 de outubro de 2023", afirma a organização de defesa dos direitos humanos em um relatório de 173 páginas. 

Segundo a AI, o massacre em massa de civis de 7 de outubro constitui o "crime contra a humanidade de extermínio". 

A organização também acusou Israel de cometer genocídio em sua campanha de retaliação em Gaza, o que Israel nega.

A Anistia acrescenta que o Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza "prosseguiram cometendo violações e crimes, segundo o direito internacional, com sua retenção e maus-tratos de reféns".

"A retenção de reféns foi executada como parte de um plano explicitamente declarado e explicado pela direção do Hamas e de outros grupos armados palestinos", afirma o relatório.

A AI já havia acusado o Hamas e outros grupos de crimes de guerra, que são violações graves do direito internacional contra civis e combatentes durante conflitos armados.

Os crimes contra a humanidade podem ocorrer em períodos de paz e incluem tortura, estupro e discriminação, seja racial, étnica, cultural, religiosa ou de gênero, e implicam "um ataque generalizado ou sistemático contra qualquer população civil".

O ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 matou 1.221 pessoas e outras 251 foram sequestradas, incluindo 44 que já estavam mortas.

Dos 207 reféns capturados com vida, 41 morreram em cativeiro. No momento da divulgação do documento, todos haviam sido entregues a Israel como parte de um acordo de trégua em Gaza, com exceção do corpo de um soldado israelense.

Entre os atos apontados como crimes contra a humanidade pela Anistia Internacional estão assassinato, extermínio, encarceramento, tortura, desaparecimento forçado, estupro e "outras formas de violência sexual".

lba/acc/dcp/mas/mvl/fp

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