Quem é Eileen Higgins, primeira mulher a ser eleita prefeita de Miami (EUA)

Quem é Eileen Higgins, primeira mulher a ser eleita prefeita de Miami (EUA)

A democrata Eileen Higgins foi eleita prefeita de Miami (EUA) na terça-feira, 9, com quase 60% dos votos no segundo turno, derrotando o republicano Emilio Gonzalez, apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Eileen é a primeira mulher a ser eleita para o cargo na cidade e a primeira democrata a ocupá-lo desde 1997, quando Xavier Suarez - pai do atual prefeito de Miami, Francisco Suarez - venceu sua última eleição.

Ela é formada em Engenharia Mecânica pela Universidade do Novo México e tem especialização em Negócios pela Universidade de Cornell.

Antes de concorrer à prefeitura, Eileen atuava como Comissária do Condado de Miami-Dade desde 2018. Na época, ela passou a se apresentar aos eleitores como "La Gringa" - termo usado por falantes de espanhol para se referir a americanos brancos - porque muitas pessoas tinham dificuldade de pronunciar seu nome.

Um dos principais temas da campanha de Eileen foi sua oposição às políticas anti-imigração de Trump. Em entrevista ao jornal El País, ela classificou as medidas do republicano como "cruéis" e descreveu sua gestão como "um gotejamento de ódio".

"Trump e eu temos visões muito diferentes sobre como devemos tratar nossos moradores, muitos dos quais são imigrantes", disse. "Essa é a força desta comunidade, o fato de sermos um lugar baseado em imigrantes, é isso que nos torna especiais."

Segundo o El País, mais da metade dos residentes do Condado de Miami-Dade são imigrantes e cerca de 70% têm origem hispânica. A democrata afirmou que o governo Trump trata esse grupo como "menos que humanos". "Eles não são criminosos. Eles fazem parte desta comunidade, e a comunidade está com medo", disse.

A vitória de Eileen representou mais um revés para os republicanos, que também foram derrotados em eleições para cargos importantes em Estados como Nova York, Nova Jersey e Virgínia. A sequência de campanhas bem-sucedidas é interpretada como uma rejeição ao retorno de Trump à Casa Branca.

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