Fotos de brasileiros são destaque internacional na National Geographic

Fotos de brasileiros são destaque internacional na National Geographic

Entre cenas de inundação e consolo, os fotógrafos brasileiros tiveram seus registros eleitos como umas das melhores fotografias do ano; confira as fotos

Três fotografias tiradas por brasileiros foram selecionadas como destaque mundial pelo National Geographic (NatGeo). A listagem monta uma coleção de 25 fotos escolhidas como as melhores e mais representativas do ano em todo o mundo

Entre capturas de amplas paisagens, animais e retratos das mudanças climáticas, as imagens captadas pelos fotógrafos brasileiros Maíra Erlich, Fernando Faciole e Lalo de Almeida reproduzem principalmente as relações do ser humano com a natureza.

No recorte geral, todos os 25 registros eleitos pela revista foram feitos por exploradores e fotógrafos da National Geographic Society. Conforme a NatGeo, a coleção final traça um retrato abrangente de um planeta em transformação, trazendo cenas registradas em mais de 20 países, incluindo no Brasil.

"Um ombro para se amparar": foto de pernambucana é destaque internacional da National Geographic

Damião Carlos Silva e seu amigo de penas, repousando sobre seu ombro, parecem encontrar consolo ao recostarem suas cabeças um no outro. O registro feito pela fotógrafa pernambucana Maíra Erlich carrega um doloroso contexto que paira sobre Maceió, em Alagoas, local onde a foto foi feita.

Maceió tem sofrido ao longo dos anos com o afundamento do solo em diversas áreas da cidade em decorrência de décadas de mineração de sal-gema.

O cenário de destruição causado pela exploração do mineral sob o solo da capital resultou no desalojamento de dezenas de milhares de maceioenses como Damião, que, após perder a própria casa, foi forçado a se mudar para um local temporário.

A fotógrafa natural do Recife contou ao NatGeo que acredita na importância de trazer visibilidade a essa causa regional a partir do seu trabalho.

"Fiquei muito feliz de ter minha foto selecionada, pois é dar um alcance mundial a uma história regional importante, que teve consequências na vida de muita gente"

Maíra Erlich

 

"Intrusa esquiva": a onça no Parque Estadual do Rio Doce

 

 

Em frente à toca de um raro tatu-canastra, o maior exemplar da espécie no mundo, uma bela e fotogênica onça-pintada parece posar para a câmera estrategicamente posicionada em pleno coração da Mata Atlântica brasileira.

Foi no começo deste ano que o fotógrafo brasileiro Fernando Faciole encontrou o local ideal para tentar conseguir um registro do raro tatu, no Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais. Em março de 2025, ele instalou duas “armadilhas fotográficas” em meio à mata.

O mecanismo contava com câmeras fotográficas escondidas e sensores de movimento, que captam imagens dos animais selvagens em seu habitat natural. Faciole só não esperava que faria um registro surpreendente de uma onça-pintada antes mesmo de conseguir uma foto do tatu gigante.

Ele destacou ainda ao NatGeo que sentiu-se honrado e notou a responsabilidade de ter uma captura como essa em uma coleção internacional em um momento em que o Brasil esteve “no centro das discussões globais sobre clima e conservação”.

"A vida na zona de inundação": o belo da vida em meio à catástrofe climática


Com 15 anos de dedicação ao trabalho documental focado em regiões amazônicas, o fotojornalista Lalo de Almeida foi destaque internacional com um registro que se passa no coração do Amazonas.

A imagem capturada pelo profissional — que já soma 32 anos de carreira — é parte de um trabalho que retrata as diversas facetas da Amazônia, incluindo o modo como a população local tem sido impactada pelo garimpo e pelas mudanças climáticas.

Ele complementa ainda dizendo que a imagem retrata a “convivência com certa harmonia entre a população e a água que invade tudo, em como esse povo é resistente e se adapta”.

 

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