Comissão do Vaticano rejeita, por ora, ordenação de mulheres diaconisas

Comissão do Vaticano rejeita, por ora, ordenação de mulheres diaconisas

Uma comissão do Vaticano ainda não tomou uma decisão definitiva sobre a ordenação de mulheres diaconisas, mas até o momento a resposta continua sendo negativa, segundo um documento publicado nesta quinta-feira (4).

O papa Francisco, falecido em abril, criou esta comissão em 2020, sob a direção do cardeal Giuseppe Petrocchi, com o objetivo de examinar a questão em um contexto de acalorados debates sobre o papel da mulher em uma Igreja chefiada por homens há 2.000 anos.

Seus trabalhos foram realizados a portas fechadas, mas uma carta do cardeal Petrocchi ao papa Leão XIV, escrita em setembro e publicada nesta quinta-feira pelo Vaticano, lança uma primeira luz sobre suas deliberações.

Este documento revela que, em julho de 2022, a comissão aprovou por 7 votos contra 1 uma moção que "excluía a possibilidade" de autorizar mulheres a se tornarem diaconisas, embora especificasse que não se tratava de uma "decisão definitiva". 

Em sua última sessão de trabalho, em fevereiro de 2025, a comissão examinou as contribuições do Sínodo, assembleia universal da Igreja, cuja agenda incluía a questão do diaconato feminino.

Posteriormente, o grupo se equilibrou em partes iguais (cinco votos a favor e cinco contra) em uma votação que questiona se a masculinidade das pessoas que recebem ordens sagradas é um elemento crucial do ensinamento da Igreja.

Em sua carta, o cardeal Petrocchi defendeu uma abordagem prudente sobre o tema, que suscita um debate "intenso", e pediu que sejam realizados estudos complementares.

Os diáconos são ordenados e habilitados para celebrar batismos, casamentos e funerais, mas, ao contrário dos padres, não podem celebrar a missa.

Por enquanto, ainda não se sabe por que o papa Leão XIV decidiu publicar este documento agora nem o que acontecerá a seguir.

No entanto, uma associação de defesa dos direitos das mulheres, a Conferência de Ordenação das Mulheres, declarou nesta quinta-feira estar "consternada pela negativa do Vaticano em abrir suas portas às mulheres", ou sequer "entreabri-las".

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