Governo britânico amplia imposto sobre bebidas açucaradas para combater obesidade
O governo britânico anunciou nesta terça-feira (25) que o imposto sobre bebidas açucaradas será ampliado para incluir mais produtos, como vitaminas batidas e leites aromatizados, como medida para o combate à obesidade.
Para evitar o imposto, as bebidas açucaradas deverão conter menos de 4,5 gramas de açúcar a cada 100 mililitros, em vez dos 5 gramas atuais.
As bebidas que contiverem entre 4,5 e 7,9 gramas estarão sujeitas a uma taxa de 19,4 pence por litro (1,40 real), que aumentará para 25 pence (1,77 real) quando ultrapassarem oito gramas.
Entre os produtos afetados por esse novo limite estão bebidas lácteas engarrafadas que contêm açúcares adicionados, como as vitaminas batidas vendidas em supermercados, leites aromatizados, iogurtes para beber e cafés prontos, detalhou o Ministério da Saúde em um comunicado.
O leite natural sem açúcar e as bebidas substitutas do leite não estão incluídos.
As empresas têm até 1º de janeiro de 2028 para reduzir os níveis de açúcar. Caso contrário, estarão sujeitas ao imposto.
O imposto sobre bebidas açucaradas entrou em vigor em 2018, com o objetivo de reduzir o consumo, especialmente entre os mais jovens.
Os dados oficiais mais recentes indicam que uma em cada dez crianças na Inglaterra é obesa ao ingressar no ensino fundamental, aos quatro ou cinco anos de idade.
Esse índice sobe para 22% quando chegam ao último ano, aos dez ou onze anos, de acordo com o Programa Nacional de Medição Infantil.
"Começar a vida com uma dieta prejudicial à saúde é um obstáculo para as crianças", comentou o ministro da Saúde, Wes Streeting.
"O imposto já demonstrou que, quando a indústria reduz os níveis de açúcar, a saúde das crianças melhora. Por isso, vamos mais longe", acrescentou.
O Reino Unido também enfrenta uma crise crescente de saúde bucal infantil, com até seis em cada dez crianças apresentando cáries aos cinco anos em algumas regiões mais vulneráveis.
O governo acrescenta que o Reino Unido ocupa o terceiro lugar na Europa em taxa de obesidade adulta, o que custa ao serviço público de saúde 11,4 bilhões de libras esterlinas (cerca 80,8 bilhões de reais) por ano.
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