Polônia acusa colombiano de incêndios intencionais em nome da Rússia
Um colombiano que já está preso por ter provocado propositalmente um incêndio na República Tcheca foi acusado, nesta terça-feira (29), pela Polônia de ter causado anteriormente outros incêndios naquele país, a pedido da Rússia.
A agência polonesa de segurança interna ABW declarou que o homem, de 27 anos, foi acusado na semana passada de "cometer atos de terrorismo" em relação aos incêndios ocorridos na Polônia em maio de 2024.
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Caso seja declarado culpado, "enfrentaria penas de entre dez anos e prisão perpétua pelos atos cometidos na Polônia", acrescentou a ABW em um comunicado.
"Esses atos foram encomendados, supervisionados e financiados por uma pessoa vinculada aos serviços de inteligência russos", indicou.
O colombiano foi condenado em junho de 2025 na República Tcheca a oito anos de prisão por incendiar uma garagem de ônibus em Praga e planejar incendiar um shopping center, segundo a agência.
Os serviços de inteligência russos têm sido acusados de atos de sabotagem em toda a Europa, incluindo a República Tcheca, Lituânia e Polônia.
"Foi confirmado que, por meio da plataforma Telegram, os serviços russos recrutaram sistematicamente e em grande escala pessoas de origem latino-americana, com experiência militar, para (...) incendiar locais selecionados e documentar os danos", afirmou a ABW em seu comunicado.
A Polônia, membro tanto da União Europeia quanto da Otan, é um firme aliado da vizinha Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país em fevereiro de 2022.
A Polônia também tem um importante papel como centro logístico para o envio de ajuda militar ocidental a Kiev.