Ataques israelenses contra o Hezbollah no leste do Líbano deixam 12 mortos
As autoridades libanesas informaram que 12 pessoas morreram por bombardeios israelenses nesta terça-feira (15) no leste do Vale do Beca, onde o Exército israelense anunciou ataques contra alvos do Hezbollah.
As forças israelenses disseram ter atacado alvos pertencentes à força de elite Radwan, do movimento libanês, apesar de um acordo de cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024.
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Segundo um comunicado militar, os aviões de guerra israelenses atacaram "vários alvos terroristas do Hezbollah na região de Beca, no Líbano".
Os alvos incluíam instalações de treinamento usadas para "planejar e executar ataques terroristas contra tropas [israelenses] e o Estado de Israel", acrescentou.
O Ministério da Saúde libanês declarou que "os ataques aéreos israelenses contra as províncias de Beca e Baalbek-Hermel mataram hoje 12 pessoas e feriram outras 12".
Todas as mortes ocorreram em um ataque na área de Wadi Fara, no distrito de Baalbek, de acordo com o ministério, que relatou a morte de sete sírios e cinco libaneses.
A agência oficial de notícias libanesa (NNA) havia relatado anteriormente que o ataque "tinha como alvo um campo de deslocados sírios".
O Hezbollah condenou os ataques, chamando-os de "grande escalada no contexto da agressão em curso contra o Líbano e seu povo".
Israel bombardeou repetidamente o Líbano, apesar do cessar-fogo com o Hezbollah, que deveria encerrar mais de um ano de hostilidades, incluindo dois meses de guerra total que deixou o movimento islamista severamente enfraquecido.
O comunicado militar afirmou que, desde que Israel "eliminou" os comandantes da força Radwan em setembro, "a unidade tem trabalhado para restaurar suas capacidades".
"O armazenamento de armas e as atividades da organização terrorista Hezbollah nesses locais constituem uma violação flagrante dos acordos entre Israel e o Líbano e representam uma ameaça futura ao Estado de Israel", acrescentou.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que os últimos ataques foram "uma mensagem clara" ao Hezbollah e ao governo libanês, "que é responsável por fazer cumprir o acordo de cessar-fogo".
"Atacaremos todos os terroristas e combateremos qualquer ameaça contra o povo do norte e o Estado de Israel", declarou ele no comunicado.
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