Consumo mundial de petróleo deve baixar em 2030 pela primeira vez desde a covid-19
O consumo mundial de petróleo deve registrar uma "leve baixa" em 2030, o primeiro sinal de declínio deste combustível fóssil desde 2020, início da pandemia de covid-19, informou a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório divulgado nesta terça-feira(17).
A agência de energia projeta que a demanda mundial por petróleo alcançará seu nível máximo no final da década, segundo as novas previsões, que confirmam projeções anteriores publicadas em 2023.
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Seu consumo deverá diminuir ligeiramente em 2030, após atingir o pico no ano anterior, para cerca de 105,5 milhões de barris por dia.
Apesar do ceticismo generalizado em relação ao clima e do apelo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma extração sem limites de petróleo bruto, "um pico na demanda mundial por petróleo permanece no horizonte", afirmou a AIE.
Nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo, esse declínio deverá ocorrer em 2026, e na China, o segundo maior consumidor, em 2028.
Embora, por enquanto, "o conflito entre Israel e o Irã chame a atenção para os riscos imediatos à segurança energética, a nova perspectiva de médio prazo da AIE prevê que a oferta mundial de petróleo crescerá muito mais rápido do que a demanda nos próximos anos", observa o relatório.
A demanda mundial por petróleo deverá aumentar em 2,5 milhões de barris por dia (mb/d) entre 2024 e 2030, atingindo um pico de "cerca de 105,5 mb/d até o final da década", observa o documento.
Mas "o crescimento anual desacelerará, passando de aproximadamente 700.000 barris por dia em 2025 e 2026 para um crescimento marginal nos anos subsequentes, com uma ligeira queda esperada para 2030", afirmou a AIE, com base nas políticas atuais e nas tendências de mercado.
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