Defesa pede ao júri que dê o benefício da dúvida a Harvey Weinstein
O advogado de Harvey Weinstein, acusado de estupro e agressão sexual, pediu, nesta terça-feira (3), que os membros do júri concedam o benefício da dúvida a seu cliente antes de a Promotoria apresentar suas alegações finais em um novo julgamento contra o ex-magnata de Hollywood.
Weinstein, de 73 anos e outrora todo-poderoso produtor da indústria cinematográfica americana, voltou a se sentar no banco de réus depois que uma corte de apelações do estado de Nova York anulou, em 2024, uma condenação de 23 anos pelas mesmas acusações, alegando falhas processuais.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
"Se houver alguma dúvida sobre seu caso, é preciso descartá-lo. Estas são as pessoas que querem que você acredite, são todas mulheres com sonhos destruídos", disse o advogado de defesa Athur Aidala sobre as mulheres que testemunharam contra Weinstein no julgamento.
O cofundador da produtora Miramax voltou a ver os rostos de suas primeiras acusadoras: a ex-assistente de produção Mimi Haleyi e a atriz Jessica Mann, que o denunciaram por agressão sexual e estupro, ocorridos em 2006 e 2013, respectivamente.
O caso se somou à denúncia da ex-modelo polonesa Kaja Sokola, que o acusou de uma agressão sexual supostamente ocorrida em 2006 em um hotel de Manhattan.
O declínio de Weinstein levou ao surgimento do movimento #MeToo em 2017.
O produtor de filmes que foram sucesso de bilheteria como "Pulp Fiction - Tempo de Violência" e "Shakespere Apaixonado" sempre defendeu que as relações com suas acusadoras foram consentidas.
Weinstein cumpre outra condenação de 16 anos imposta por um juiz na Califórnia por violar e agredir sexualmente uma atriz europeia há mais de uma década.
arb-gw-af/val/mvv