Boric critica destituição de ministro da Suprema Corte pelo Congresso
O presidente do Chile Gabriel Boric criticou, nesta quinta-feira (17), a decisão do Congresso de destituir o ministro da Suprema Corte Sergio Muñoz, que investigou casos de violações dos direitos humanos na ditadura de Augusto Pinochet.
O ministro foi destituído após um julgamento político por corrupção.
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"Usar acusações constitucionais contra um magistrado como forma indireta de julgar suas sentenças do passado (...) abre um precedente muito perigoso", criticou o presidente.
Muñoz, de 67 anos, foi o primeiro ministro a ter sua destituição aprovada pelo Parlamento chileno em 31 anos.
O magistrado foi acusado de compartilhar informações judiciais privilegiadas para favorecer sua filha – também juíza – e de encobrir uma viagem dela à Itália quando se acreditava que ela cumpria suas funções no Chile.
O julgamento também acatou uma denúncia contra Ángela Vivanco, destituída na semana passada pelo pleno da Corte.
A ex-ministra é investigada no âmbito do "Caso Hermosilla", um escândalo de tráfico de influências que há 11 meses agita a elite econômica, política e judicial do país.
Ambos foram inabilitados para exercer cargos públicos por cinco anos.
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