EUA sanciona 16 funcionários de Maduro por 'fraude eleitoral' na Venezuela
Os Estados Unidos sancionaram, nesta quinta-feira (12), 16 funcionários do governo, militares, de inteligência, Supremo Tribunal e da autoridade eleitoral da Venezuela por obstrução do "processo eleitoral" e violação dos direitos civis, informou o Departamento do Tesouro.
As sanções têm como alvo "funcionários importantes envolvidos nas reivindicações fraudulentas e ilegítimas de vitória do (presidente Nicolás) Maduro e na sua brutal repressão à liberdade de expressão após as eleições, enquanto a esmagadora maioria dos venezuelanos pede mudança", disse o subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo, citado em um comunicado.
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Entre os membros do Supremo Tribunal de Justiça sancionados estão os juízes Inocencio Antonio Figueroa Arizaleta, Malaquías Gil Rodríguez, Juan Carlos Hidalgo Pandares, Caryslia Beatriz Rodríguez Rodríguez e Fanny Beatriz Márquez Cordero.
Desde as eleições de 28 de julho, "Maduro e seus representantes prenderam indiscriminadamente venezuelanos por exercerem seus direitos políticos e civis e utilizaram uma série de táticas de intimidação para silenciar a oposição", denuncia o governo do presidente Joe Biden.
"Estes atos, incluindo a emissão de um mandado de prisão contra o candidato presidencial eleito, forçaram Edmundo González Urrutia a deixar a Venezuela para procurar asilo na Espanha", acrescenta o comunicado.
O candidato da oposição representou a líder opositora María Corina Machado, depois que as autoridades determinaram a sua inabilitação política, impedindo-a de participar nas eleições.
Ela permaneceu na Venezuela e garante que a oposição venceu as presidenciais por uma ampla margem.
A proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato de seis anos gerou protestos que deixaram 27 mortos, cerca de 200 feridos e mais de 2.400 presos, a quem o líder chavista chama de "terroristas".
Os EUA já impuseram inúmeras sanções às autoridades venezuelanas no passado, incluindo o próprio Maduro, acusado de tráfico de drogas por Washington.
Em abril, o governo Biden restabeleceu algumas sanções ao setor petrolífero e de gás, após tê-las suspendido por vários meses para recompensar Maduro pela realização das eleições.
No entanto, concede licenças individuais para operar na Venezuela a diversas petrolíferas, como a americana Chevron ou a espanhola Repsol.
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