Países da UE apresentam candidatos a comissários europeus, com exceção da Bélgica
A Itália e a Bulgária apresentaram, nesta sexta-feira (30), no limite do prazo estipulado, seus candidatos para formar o Colégio de Comissários Europeus, mas a Bélgica segue sem apresentar sua proposta.
A alemã Ursula von der Leyen, reeleita para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia, estabeleceu esta sexta como prazo final para que os países do bloco apresentem seus candidatos.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Von der Leyen pediu aos países que apresentassem dois candidatos, um homem e uma mulher, mas sua instrução foi ignorada pelos países do bloco e uma nova Comissão será marcada pela disparidade de gênero.
Apenas a Bulgária respeitou a orientação de Von der Leyen e apresentou dois candidatos, os ex-ministros Ekaterina Zaharieva e Julian Popov.
Na Itália, o governo de Giorgia Meloni apontou o nome de Raffaele Fitto, atual ministro de Assuntos Europeus.
Sendo assim, o futuro Colégio de Comissários pode incluir apenas oito mulheres, entre elas a própria Von der Leyen e a estoniana Kaja Kallas, que será chefe da diplomacia da UE.
Nesta sexta-feira, falta apenas a proposta da Bélgica para ter uma lista completa.
No entanto, a situação se complicou no país devido à ausência de um governo federal completo desde as eleições legislativas de 9 de junho.
Neste cenário, o primeiro-ministro em fim de mandato, Alexander De Croo, não tem mais o direito de escolher o Comissário Europeu no âmbito de seu governo de coalizão.
Desta forma, a decisão recai nos presidentes dos partidos que negociam a composição da futura coalizão com uma maioria.
Na quinta-feira, Georges-Louis Bouchez, líder do Movimento Reformista (MR), o partido liberal francófono, evitou se comprometer com uma chapa de paridade, mas prometeu que o nome será informado a tempo, sem dar mais detalhes.
A eleição foi lenta na Bélgica porque as negociações governamentais (entre cinco partes) colapsaram no dia 23 de agosto e foram retomadas graças à mediação do rei.
Sendo assim, a decisão do candidato da Bélgica para o Colégio de Comissários não aparece entre os principais temas dos negociadores.
"O posto de Comissário Europeu lamentavelmente não interessa a nenhum partido e ninguém quer pagar", brincou, na quinta-feira, pela rede social X, Dave Sinardet, cientista político e professor da Universidade Livre de Bruxelas (VUB).
Depois de reunir as propostas de todos os países-membros, espera-se que Von der Leyen anuncie sua escolha para a composição do Colégio de Comissários em meados de setembro, com as pastas atribuídas a cada um.
Os comissários continuarão a ter status de “candidatos”, uma vez que o Parlamento Europeu terá a palavra final sobre suas nomeações, e a votação dos eurodeputados ocorrerá no final das audiências de outubro em Bruxelas.
mad/ahg/an/jmo/mvv