Lula condena 'qualquer tentativa de golpe' e reforça apoio a governo Arce
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta quarta-feira, 26, o que chamou de tentativa de golpe de Estado na Bolívia e manifestou apoio ao governo do esquerdista Luis Arce.
"Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão presidido por Luis Arce", escreveu Lula, em postagem no X.
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Em breve entrevista no Planalto, Lula disse ter pedido ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que telefonasse à Embaixada do Brasil em La Paz e a autoridades bolivianas em busca de informações sobre a situação no país vizinho. "O golpe nunca deu certo", disse.
Em nota, o Itamaraty se pronunciou contra qualquer ameaça à ordem institucional na Bolívia e reforçou o apoio ao governo Arce. "Esses fatos são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o Mercosul, sob a égide do Protocolo de Ushuaia", diz a nota.
Outras reações
A reação ao cerco em La Paz foi rápida. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que a entidade não tolerará a ruptura da ordem institucional no país. "A comunidade internacional e a Secretaria-Geral da OEA não tolerarão qualquer forma de violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar", disse Almagro.
A Casa Branca, por sua vez, pediu "calma" e disse acompanhar de perto a situação da Bolívia. Na Europa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou a tentativa de golpe e expressou apoio à ordem constitucional da Bolívia. "A União Europeia apoia as democracias", escreveu.
O governo de Javier Milei, na Argentina, se manifestou por meio da ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, que saiu em defesa da democracia, sem mencionar diretamente Luis Arce ou a Bolívia. "Os governos, sejam bons ou ruins, se goste ou não, só são mudados nas urnas. Não são alterados com golpes de Estado violentos. A democracia não se negocia", declarou. Líderes de Colômbia, Chile, Uruguai, Honduras, México e Venezuela também se manifestaram.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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