Bolívia envia militares a postos de combustíveis para combater contrabando

A Bolívia anunciou nesta quinta-feira (13) o envio de militares a postos de gasolina e diesel em todo o país para combater o contrabando desses combustíveis, que são importados e vendidos a preços subsidiados.

O governo de Luis Arce mobilizou um contingente de 880 soldados para monitorar 120 pontos de distribuição, anunciou o vice-ministro de Combate ao Contrabando Pedro Vargas, juntamente com funcionários da estatal Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH).

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De acordo com dados da ANH, existem cerca de 700 postos de gasolina na Bolívia.

A medida visa "estabelecer o controle de diferentes postos de serviço [de gasolina e diesel] em áreas urbanas, bem como na fronteira do país, com efetivo militar", afirmou Vargas na cidade de Tarija, na fronteira com a Argentina.

Com "as Forças Armadas, começamos a realizar um controle mais rigoroso, principalmente do que tem sido chamado de contrabando", acrescentou.

A Bolívia enfrenta escassez periódica de combustíveis devido, segundo as autoridades, à demanda excessiva que é gerada por rumores nas redes sociais sobre uma suposta insuficiência desses recursos.

De acordo com o Vice-Ministério de Hidrocarbonetos, o país sul-americano consome cerca de 7 milhões de litros de diesel por dia e cerca de 6 milhões de litros de gasolina. A Bolívia importa 70% do primeiro, 50% do segundo e subsidia a importação de combustíveis.

O governo boliviano destinou 1,1 bilhão de dólares (R$ 5,93 bilhões) para a compra de hidrocarbonetos em 2023 e aumentou o montante para 1,48 bilhão (cerca de R$ 8 bilhões) em 2024.

Essa despesa resultou em uma queda de quase 1,8 bilhão de dólares (R$ 9,7 bilhões) de suas reservas internacionais em maio.

Ao mesmo tempo, há escassez de dólares no sistema bancário boliviano, e as empresas importadoras de combustíveis reclamam de dificuldades para a compra de hidrocarbonetos na Argentina, no Paraguai e no Chile.

Os problemas na distribuição e a falta da moeda americana causaram o descontentamento dos transportadores, que anunciaram protestos e bloqueios de estradas a partir do dia 17 de junho, além do fechamento das vias internacionais.

jac/vel/arm/jb/rpr

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