Inflação sobe para 3,93% na comparação anual em maio
A inflação no Brasil atingiu 3,93% no acumulado de 12 meses em maio, impulsionada pelos preços dos alimentos e pelo impacto das enchentes históricas no sul do país, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).
Em abril, a inflação acumulada em 12 meses foi de 3,69%.
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Os preços dos produtos no Brasil aumentaram 0,46% em maio, acima das previsões do mercado de 0,41%, segundo trinta instituições financeiras consultadas pelo jornal Valor. Em abril, ficaram em 0,38%.
A "aceleração" da inflação em relação ao mês anterior foi um resultado "pressionado pelos preços dos alimentos e bebidas", afirmou o IBGE em nota, destacando os aumentos em tubérculos, raízes e legumes.
A oferta de batata foi afetada pelo início mais lento na segunda safra de batatas e "além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul", disse o gerente do relatório do IBGE, André Almeida, citado no comunicado.
Este estado agrícola sofreu em maio a pior catástrofe climática da sua história, com mais de 170 mortos, cerca de 40 desaparecidos e mais de 600 mil deslocados.
Até o momento neste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 2,27%.
Até o final de 2024, o Banco Central do Brasil (BCB) projeta inflação de 3,5%, enquanto o mercado espera 3,9%, segundo a pesquisa Focus do BCB divulgada esta semana.
Embora acima da meta de 3% estabelecida pela entidade, as estimativas estão dentro da faixa de tolerância oficial de 1,5 ponto percentual.
O BCB vem reduzindo progressivamente a taxa da Selic, para 10,50%, de um pico de 13,75% em agosto do ano passado.
O mercado espera uma Selic de 10,25% ao final deste ano, segundo a pesquisa Focus.
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