Opep+ busca preservar sua unidade em reunião na Arábia Saudita
Os membros do cartel petrolífero Opep+ tentarão manter a unidade neste domingo (2), em uma reunião na Arábia Saudita, em um contexto de grande incerteza econômica e geopolítica.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, e os seus aliados, liderados pela Rússia, que assinaram uma aliança chamada Opep+ em 2016 para aumentar a sua influência no mercado, deveriam ter iniciado a sua grande reunião bienal na sede do cartel, em Viena. Mas a reunião foi reprogramada online e alguns membros chegaram a Riade, capital da Arábia Saudita.
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Segundo analistas consultados pela AFP, os 22 ministros manterão uma postura cautelosa, renovando os cortes de produção já anunciados por pelo menos um trimestre ou mesmo até o final do ano. Esta estratégia, empreendida no final de 2022 devido à queda dos preços do petróleo, visa reduzir a oferta para aumentar os preços.
A Opep mantém cerca de 6 milhões de barris inexplorados, tanto devido a decisões tomadas na aliança como devido a reduções voluntárias adicionais por parte dos países. Por outro lado, o grupo poderia ser pressionado a "revisar as quotas de alguns membros", diz Ipek Ozkardeskaya, analista de mercado do Swissquote Bank.
O ministro da Energia do Cazaquistão, Almasadam Satkaliev, confirmou a sua participação segundo a agência Interfax do país. A imprensa financeira cita também uma possível presença dos ministros do Iraque e da Rússia. Estes últimos estão entre os países que, como Argélia e Omã, concordaram em fechar a torneira a pedido da Arábia Saudita, que quer compartilhar o fardo dos cortes.
A modificação das quotas é fonte de discórdia na aliança e provoca debates acalorados e até afastamentos inesperados. Foi o caso de Angola, que saiu da Opep no final de 2023 insatisfeita com a meta de produção que lhe havia sido atribuída.