Colômbia abrirá embaixada em território palestino

Autor DW Tipo Notícia

Após romper relações com Israel, presidente colombiano ordena criação de embaixada na Cisjordânia. Anúncio é feito no dia em que Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que reconhecerão Palestina como Estado soberano.O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou a instalação de uma embaixada da Colômbia em Ramallah, capital administrativa palestina, na Cisjordânia, depois de romper relações diplomáticas com Israel no dia 2 de maio. "O presidente Petro deu a instrução de instalar a embaixada colombiana em Ramallah. Esse é o próximo passo que vamos dar", disse nesta quarta-feira (22/05) o ministro das Relações Exteriores colombiano, Luis Gilberto Murillo. Ele não especificou se a nova embaixada funcionaria paralelamente à embaixada em Israel, localizada em Tel Aviv e que está fechada devido ao rompimento das relações. A Colômbia reconheceu a Palestina como Estado em 3 de agosto de 2018, quatro dias antes de o então presidente Juan Manuel Santos passar o cargo para seu sucessor, Iván Duque. O país sul-americano conta com uma seção consular em Ramallah que foi anexada à embaixada em Tel Aviv. "Cada vez mais países reconhecerão a Palestina" O anúncio foi feito no mesmo dia em que Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que reconhecerão conjuntamente a Palestina como Estado independente em 28 de maio, o que já é feito por 143 países, inclusive o Brasil. "Temos certeza de que cada vez mais países reconhecerão a Palestina, e isso não é nada contra Israel ou os judeus", disse o ministro das Relações Exteriores da Colômbia. "As Nações Unidas concordaram, no contexto dos acordos de Oslo, em criar uma solução de dois Estados e, se forem necessários dois Estados, a Palestina precisa ser reconhecida como um Estado pleno", acrescentou. Rompimento com Israel A Colômbia anunciou o rompimento das relações com Israel em 2 de maio devido à sua oposição às ações desse país na "guerra que vem sendo travada na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023". O governo colombiano pediu em várias ocasiões um cessar-fogo, a libertação dos reféns feitos pelo Hamas e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que pediu a Israel que respeitasse o Direito Internacional Humanitário (DIH). "A Colômbia não pode ser cúmplice ou permanecer em silêncio ao manter relações diplomáticas com um governo que se comporta dessa maneira e enfrenta acusações tão graves de cometer genocídio, crimes de guerra e violações do direito internacional humanitário", afirmou o Ministério das Relações Exteriores colombiano ao anunciar o rompimento das relações. Petro foi um dos líderes que expressou a mais forte oposição a Israel e solidariedade à causa palestina, e essa é a mais recente medida para demonstrar apoio ao Estado da Palestina. md (EFE, ots)

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