Ucrânia propõe que potências ocidentais derrubem os mísseis russos de seus territórios
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, propôs, nesta terça-feira (21), que os aliados ocidentais de Kiev derrubem a partir de seus territórios os mísseis lançados pela Rússia contra o seu país.
"Não existe nenhum argumento legal, de segurança ou moral que impeça nossos parceiros de derrubar os mísseis russos por cima do território da Ucrânia a partir de seu território", afirmou Kuleba durante entrevista coletiva ao lado de sua contraparte alemã, Annalena Baerbock.
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No começo da invasão russa da Ucrânia, no final de fevereiro de 2022, Kiev já havia pedido aos Estados ocidentais que a ajudassem a derrubar à distância os mísseis russos em território ucraniano, mas seus aliados responderam que o risco de escalada do conflito era muito grande.
Kuleba descartou esse argumento nessa terça-feira, alegando que derrubando mísseis não põe em risco nem a Rússia nem os soldados russos. São "pedaços de metal que transportam a morte da Rússia para a Ucrânia", acrescentou.
"Se não querem fazer isso, nos deem os meios necessários. Nós os utilizaremos no território da Ucrânia e interceptaremos nós mesmos esses mísseis", concluiu.
Baerbock insistiu na necessidade de entregar rapidamente mais meios antiaéreos a Kiev.
"Cada hesitação e cada atraso no apoio à Ucrânia cobra a vida de inocentes. E cada hesitação na hora de apoiar a Ucrânia também põe em perigo a nossa própria segurança", declarou Baerbock.
Segundo a ministra, o presidente russo, Vladimir Putin, "não conhece nenhum limite" e iniciou uma campanha de "destruição" do país, por exemplo, bombardeando sem trégua a rede elétrica ucraniana, apontou.
"A melhor proteção contra o terror dos mísseis russos é reforçar as defesas aéreas da Ucrânia. Desta forma, isso é uma prioridade absoluta para nós esses dias", acrescentou.