Colômbia quer acordo para exumar operários mortos na construção do Canal do Panamá

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou, nesta terça-feira (21), que buscará um acordo com o futuro contraparte panamenho, José Raúl Mulino, para encontrar corpos de operários colombianos falecidos na construção do Canal do Panamá entre os séculos XIX e XX.

"Com o novo presidente, devemos alcançar acordos para recuperar estes cadáveres e a própria história da Colômbia", disse Petro durante a posse de seu novo chanceler, Luis Gilberto Murillo.

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O presidente colombiano encarregou Murillo de coordenar com as novas autoridades panamenhas, que vão assumir o poder em 1º de julho, os mecanismos para encontrar e exumar os trabalhadores que participaram das obras desta rota estratégica para o comércio mundial, inaugurada em 1914.

Petro não especificou quantos colombianos estão enterrados na área do Canal do Panamá. Crônicas dão conta de que chegaram ali operários de cerca de 40 nacionalidades, especialmente chineses, americanos e de países afro-antilhanos.

Inicialmente, o francês Ferdinand de Lesseps - construtor do Canal de Suez - iniciou as obras em 1881, mas fracassou por problemas técnicos, financeiros e devido às doenças tropicais, que mataram cerca de 22 mil pessoas.

Em seguida, os Estados Unidos obtiveram o controle do futuro canal e de uma área de 1.380 km², onde instalou um enclave com governo próprio. Sob a administração americana das obras, cerca de 5 mil trabalhadores morreram.

Petro também deseja que sejam localizadas as tumbas de políticos liberais mortos durante a chamada Guerra dos Mil Dias (1899-1902) e que ficaram sepultados na atual província panamenha de Bocas del Toro, que na época pertencia à Colômbia.

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