Justiça britânica decide se concederá último recurso a Assange contra sua extradição para os EUA
A Justiça britânica decide, nesta segunda-feira (20), se concede a Julian Assange um último recurso para evitar sua extradição aos Estados Unidos, país que deve apresentar garantias sobre o tratamento que o fundador do WikiLeaks receberá.
Em 26 de março, os juízes britânicos pediram às autoridades americanas garantias de que o australiano de 52 anos poderá recorrer à Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão e que não será condenado à pena de morte, caso ele seja extraditado.
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Se a resposta americana não convencer os magistrados do Tribunal Superior de Justiça de Londres, Assange poderá recorrer da extradição aceita em junho de 2022 pelas autoridades e Justiça britânicas.
Mas se as garantias americanas forem consideradas satisfatórias pela Justiça britânica, Assange ainda pode apresentar um último recurso ante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH).
O fundador do WikiLeaks terá um prazo de duas semanas para apresentar o recurso à corte europeia antes de sua extradição se tornar efetiva, segundo seus advogados.
Horas antes do início da audiência, que começou às 10h30 (6h30 em Brasília) sem a presença do australiano, que tem estado de saúde delicado, segundo a família, dezenas de pessoas se concentraram em frente ao Tribunal Superior de Justiça de Londres, para apoiar o fundador do WikiLeaks, com gritos de "Libertem Assange" e cartazes com frases como "O jornalismo não é um crime".
Julian Assange pode cumprir nos Estados Unidos 175 anos de prisão por publicar, desde 2010, mais de 700.000 documentos secretos sobre atividades militares e diplomáticas americanas, particularmente relacionadas ao Iraque e Afeganistão.
Entre eles, um vídeo que mostra civis mortos por disparos de um helicóptero de combate americano no Iraque, em julho de 2007.
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