Ex-ministro francês é indiciado por tentativa de estupro

O ex-ministro francês Damien Abad, acusado de violência sexual por três mulheres, foi indiciado nesta quinta-feira (16), em Paris, pela suposta tentativa de estupro de uma delas em 2010, disse à AFP uma fonte próxima do caso.

Este deputado de 44 anos, ministro em 2022 durante a presidência de Emmanuel Macron, foi declarado "testemunha assistida" nos outros dois casos, um status no procedimento francês reservado às pessoas suspeitas que não reúnem condições para serem indiciadas.

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Abad, por sua vez, desmente categoricamente as acusações.

Em comunicado enviado à AFP, alega que "um exame médico realizado por um especialista" para detecção de artrogripose, doença rara da qual padece, "demonstra claramente que a sua deficiência o coloca na impossibilidade física de cometer os atos injustamente acusados".

"As acusações formuladas são materialmente e cientificamente impossíveis", insistiram à AFP seus advogados, Jacqueline Laffont e Robin Binsard.

Contudo, o advogado da denunciante, Mario Stasi, afirmou que as acusações são "coerentes e coincidentes com as de testemunhas concordantes". "Este indiciamento esperado é lógico", disse.

O caso veio à tona na primavera boreal de 2022 através de uma notícia veiculada no site Mediapart, que continha os testemunhos de duas mulheres que acusaram o político de estupros ocorridos em 2010 e 2011.

Essas revelações levaram uma terceira mulher a também denunciar que Abad tinha tentado violentá-la em uma festa que ele organizou em sua residência de Paris em 2010, caso pelo qual acabou sendo indiciado.

Abad foi nomeado ministro de Solidariedade, Autonomia e Pessoas com Deficiência em maio de 2022. Logo depois surgiram as acusações de estupro e, em julho, ele deixou o governo.

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França política mulheres justiça investigação assédio Damien Abad Emmanuel Macron Jacqueline Laffont

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