Dow Jones fecha em alta pelo 8º dia seguido, em meio a dados econômicos ruins

A Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta na sexta-feira (10), superando uma série de obstáculos, desde um mau indicador macroeconômico até os comentários de integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central) de que não espera cortes nos juros este ano.

O Dow Jones subiu 0,32%, aos 39.512,84 pontos, a oitava sessão consecutiva de alta. O índice Nasdaq fechou praticamente estável (-0,03%), para 16.340,87 unidades; e o índice S&P 500 subiu 0,16% (5.222,68).

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O índice de confiança do consumidor, medido pela pesquisa mensal da Universidade de Michigan, caiu para 67,4 pontos, o menor em seis meses.

"Essa queda [-13% em um mês] reforça a hipótese de uma desaceleração significativa do crescimento este ano" nos Estados Unidos, comentou Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics.

Os investidores também estavam preocupados com uma "derrapagem" nas expectativas de inflação, com os entrevistados vendo, em média, os preços subindo 3,5% em estimativa anual, em comparação com 3,2% em abril.

As expectativas de inflação são um parâmetro crucial para o Fed, que não quer vê-las se afastar de sua meta de longo prazo, de 2% ao ano, pois isso desencadearia uma espiral inflacionária.

A sessão também ficou marcada pelas declarações de uma governadora do Fed, Michelle Bowman, que explicou não esperar, nesta fase, uma redução dos juros este ano.

"É muito cedo para pensar em cortes nas taxas", acrescentou a presidente da filial do Fed em Boston, Susan Collins.

Nesse sentido, o rendimento dos títulos públicos subiu. Os papéis do governo dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos subiram para 4,50%, em comparação com os 4,45% no fechamento do dia anterior.

Mas a Bolsa de Valores de Nova York recusou-se a ceder, apesar dos ventos contrários.

"O mercado continua a olhar para o futuro e quer acreditar que os resultados das empresas vão continuar a melhorar", descreveu Sam Stovall, da CFRA, para justificar a resistência de Wall Street.

No mercado de ações, o laboratório Novavax viu sua capitalização quase duplicar (+98,66%), catapultado pelo acordo que prevê a comercialização de sua vacina contra a covid-19 pela francesa Sanofi.

Por sua vez, a Tesla caiu (-2,04%) depois que seu CEO, Elon Musk, indicou que a fabricante iria investir "bem mais de 500 milhões de dólares" para desenvolver sua rede de supercarregadores.

tu/liu/rpr/am

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EUA bolsa mercado Michelle Bowman Susan Collins Elon Musk

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