Chefe da UNRWA denuncia que Israel o proibiu de entrar em Gaza
O comissário-geral da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, denunciou nesta segunda-feira (18) que Israel proibiu sua entrada na Faixa de Gaza, onde as Nações Unidas alertam sobre a fome após cinco meses de guerra.
No Cairo, Lazzarini disse aos jornalistas que pretendia ir a Rafah nesta segunda através do posto de fronteira entre o Egito e Gaza, mas que informaram que sua "entrada não estava autorizada".
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Segundo publicação do chefe da UNRWA na rede social X, "as autoridades israelenses negaram" seu ingresso no território palestino, sob bombardeios de Israel desde 7 de outubro.
Consultadas pela AFP, as autoridades israelenses se recusaram a comentar as acusações.
No final de janeiro, Israel acusou 12 funcionários da agência de estarem envolvidos no violento ataque do Hamas em seu território em 7 de outubro, que desencadeou no conflito.
O porta-voz do governo israelense, Avi Hyman, reiterou nesta segunda essas acusações e afirmou que alguns dos trabalhadores da UNRWA "participaram ativamente do massacre" daquela dia.
Cerca de 15 países, entre eles os Estados Unidos, suspenderam em janeiro o equivalente a mais da metade dos fundos recebidos em 2023 pela agência. Mas vários deles retomaram sua ajuda desde então.
O chefe da diplomacia egípcia, Sameh Choukri, reforçou perante Lazzarini o "apoio total" do Egito à UNRWA e denunciou as "decisões unilaterais baseadas em acusações sem fundamento".
O conflito foi desencadeado pelo ataque do Hamas, quando seus combatentes mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que matou mais de 31.700 pessoas na Faixa de Gaza, segundo as autoridades do movimento islamista que governo o território.
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