Ajuda humanitária levada por navio a Gaza começa a ser descarregada, diz ONG
O primeiro navio que levou ajuda humanitária à Faixa de Gaza por meio de um corredor marítimo a partir do Chipre começou, nesta sexta-feira (15), a descarregar as suas 200 toneladas de alimentos na costa do território palestino, informou à AFP uma das ONGs responsáveis pela operação.
A ONG World Central Kitchen "está descarregando a embarcação que agora está ligada ao cais temporário" construído a sudoeste da cidade de Gaza, depois de ter sido rebocada do Chipre por um navio da ONG espanhola Open Arms, disse Linda Roth.
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Em um comunicado, o Exército israelense indicou que "tropas foram mobilizadas para proteger a área".
"O navio passou por um controle de segurança completo", acrescentou o Exército, que insistiu que a entrada de ajuda humanitária "não viola" o bloqueio imposto à Faixa de Gaza desde 2007.
A "Open Arms" partiu na terça-feira do porto cipriota de Larnaca com destino a Gaza através de um corredor humanitário marítimo aberto a partir de Chipre.
A carga de 200 toneladas de alimentos (arroz, farinha e enlatados), fornecida pela World Central Kitchen, representa cerca de 300.000 refeições.
A World Central Kitchen, da qual os Emirados Árabes Unidos são parceiros, está atualmente carregando cerca de 300 toneladas de alimentos em outro navio em Larnaca, cuja data de partida não foi comunicada.
Devido à escassez em Gaza e à insuficiência da ajuda terrestre, vários países se juntaram aos esforços para enviar suprimentos a partir de Chipre ou realizaram operações aéreas lançando pacotes com paraquedas.
Mas organizações humanitárias alertaram que essas formas de ajuda não podem substituir as entregas terrestres em um momento em que a fome representa um grave risco para a população deste território palestino, devastado por mais de cinco meses de guerra entre o Hamas e Israel.
O conflito começou em 7 de outubro com um ataque de combatentes do Hamas em solo israelense, que resultou em cerca de 1.160 mortes, principalmente civis, segundo um levantamento da AFP com base em dados israelenses.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o movimento islamist e lançou uma campanha militar que até agora deixou 31.490 mortos, em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Os islamistas também sequestraram cerca de 250 pessoas. Cerca de 130 ainda estão em cativeiro em Gaza, das quais 32 teriam morrido, segundo Israel.
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