Chefe da diplomacia da UE alerta sobre situação 'apocalíptica' em Gaza

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, alertou, nesta segunda-feira (11), sobre a situação "apocalíptica" na Faixa de Gaza, afirmando que se trata de um "desafio sem precedentes" para a comunidade internacional.

Ao fim de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE, em Bruxelas, Borrell disse que a destruição de edifícios em Gaza é equivalente ou "ainda maior [...] do que a que as cidades alemãs sofreram durante a Segunda Guerra Mundial".

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"Discutimos a situação catastrófica, eu diria quase apocalíptica, dos civis em Gaza após os ataques terroristas [do grupo palestino Hamas] em 7 de outubro e a resposta militar de Israel, com uma quantidade inacreditável de vítimas civis", declarou.

Para Borrell, "o sofrimento humano constitui um desafio sem precedentes para a comunidade internacional. As baixas civis representam entre 60% e 70% do total de mortes" em Gaza.

Também nesta segunda, os líderes da Espanha, Irlanda, Bélgica e Malta fizeram um apelo pela implementação de uma "trégua duradoura" em Gaza e a proteção da população civil diante da "catástrofe humanitária" no enclave.

Em uma carta conjunta, pediram que a UE adote esta posição durante a cúpula de líderes europeus que será realizada nesta quinta e sexta-feira em Bruxelas.

"Devemos pedir imediatamente a todas as partes que declarem um cessar-fogo humanitário duradouro, que possa levar ao fim das hostilidades", afirmaram os líderes em uma carta aberta a Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

Assim, pediram a Michel, como anfitrião da cúpula desta semana, que promova um debate para "acordar uma posição firme e clara" da UE.

Além disso, os ministros das Relações Exteriores da França, Itália e Alemanha pediram a Borrell sanções mais amplas contra líderes do Hamas, depois que a UE adicionou, na sexta-feira, dois comandantes do grupo islamista à lista de pessoas e entidades sancionadas por terrorismo.

O Hamas já está sujeito a sanções da UE, mas, segundo a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, "devemos ir além e permitir designações individuais adicionais".

Vários ministros europeus também expressaram nesta segunda-feira sua preocupação com a situação na Cisjordânia, onde dezenas de palestinos foram mortos por extremistas israelenses.

ob-ahg/mb/ic/mvv

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