Madri condecora Guterres por sua defesa de civis palestinos

O governo espanhol anunciou nesta terça-feira(7) que concedeu uma alta distinção ao secretário-geral da ONU, António Guterres, por sua defesa dos "direitos humanos da população civil palestina", em plena guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

Ratificada pelo Conselho de Ministros, a distinção honorária da "Ordem de Carlos III" é concedida em um momento no qual a máxima autoridade da ONU é alvo de críticas de Israel, que o acusa de "parcialidade" no conflito.

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"Durante toda sua trajetória política e internacional, António Guterres tem brilhado sempre em sua defesa da democracia, do multilateralismo e direitos humanos", argumentou a porta-voz do governo do socialista Pedro Sánchez, Isabel Rodriguez.

Este compromisso, acrescentou, "ficou especialmente evidente nas suas ações e declarações como secretário-geral das Nações Unidas nas últimas semanas, na crise de Gaza, em defesa do direito internacional, do direito humanitário internacional e dos direitos humanos da população civil palestina".

O secretário-geral da ONU, ex-alto-comissário para os refugiados (2005-2015) e ex-primeiro ministro português (1995-2002), intensificou nos últimos dias seus pedidos de cessar-fogo no território palestino, que chamou de "cemitério de crianças".

O funcionário da ONU, que condenou veementemente "os atos de terrorismo horríveis e sem precedentes cometidos pelo Hamas" em Israel em 7 de outubro, afirmou também no final de outubro que estes massacres "não surgiram do nada".

Esta declaração provocou a indignação do embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, que pediu a demissão de Guterres e assegurou que Israel deixaria de conceder vistos aos representantes da ONU considerados "hostis" a Israel.

A Faixa de Gaza é bombardeada pela aviação israelense desde 7 de outubro, quando o Hamas perpetrou um atentado sem precedentes em Israel que deixou 1.400 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades.

Após um mês de guerra entre Israel e o movimento islamita no poder em Gaza, mais de 10.000 pessoas, a maioria civis, morreram no território palestino, segundo o Ministério da Saúde dirigido pelo Hamas.

vab/mg/al/mb/jc

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