ONU: tudo indica que ataque com 51 mortos na Ucrânia foi obra de míssil russo
"Tudo faz pensar" que um míssil russo atingiu na quinta-feira (5) a localidade de Groza, no leste da Ucrânia, deixando pelo menos 51 mortos, disse nesta sexta (6) uma porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
"Nesta fase, é obviamente muito difícil estabelecer o que aconteceu com uma certeza absoluta, embora, levando-se em consideração o lugar e o fato de a cafeteria ter sido atingida, tudo faz pensar que se trata de um míssil russo", declarou Elizabeth Throssell, em Genebra.
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, outros chefes de agências da ONU e vários governos ocidentais condenaram o ataque.
Europeus e americanos acusaram a Rússia do bombardeio, algo que Moscou não negou.
"Não parece haver alvos militares perto, mas é claro que será necessário fazer um exame e uma verificação mais exaustivos", frisou Throssell.
O Alto Comissariado para os Direitos Humanos enviará para lá uma equipe de oito membros - incluindo o chefe da Comissão de Vigilância dos Direitos Humanos na Ucrânia -, explicou Throssell à AFP.
A missão chegará no sábado à região, para colher depoimentos de sobreviventes.
O ataque ocorreu em plena luz do dia, em Groza, cidade de 330 habitantes próximo de Kupiansk, na região de Kharkiv.
Uma loja e um café localizados no mesmo edifício foram completamente destruídos. Havia cerca de 60 pessoas no imóvel, declarou o ministro ucraniano do Interior, Igor Klymenko, que afirmou que um menino de 6 anos morreu no bombardeio.
O governador regional, Oleg Synegubov, disse que este é o ataque mais letal ocorrido na região de Kharkiv desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, e decretou três dias de luto oficial.
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