Televisão russa acusa líder do Wagner de 'enlouquecer' por dinheiro
A televisão estatal da Rússia acusou, neste domingo (2), o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin - que protagonizou um fracassado motim no mês passado - de ter enlouquecido após receber quantidades milionárias de dinheiro público.
"Prigozhin enlouqueceu, devido à grande quantidade de dinheiro", afirmou Dmitry Kiselyov, uma das principais figuras do aparato midiático do Kremlin, em seu programa semanal.
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"O sentimento de acreditar que tinha tudo permitido começou há tempos, desde as operações (do Wagner) na Síria e na África", disse ele, acrescentando que essa sensação se "reafirmou" depois da tomada das localidades ucranianas de Soledar e Bakhmut pelos mercenários de Prigozhin.
Para Kiselyov, o paramilitar "acreditou que poderia se opôr, ao mesmo tempo, ao Ministério russo da Defesa, ao Estado e, até mesmo, ao presidente".
O apresentador disse, sem apresentar provas, que o Wagner recebeu 9,6 bilhões de dólares de dinheiro público (aproximadamente R$ 47 bilhões na cotação atual).
Para Kiselyov, "um dos maiores fatores" do motim do grupo Wagner é a negativa do Ministério russo da Defesa de prolongar contratos firmados com a empresa de alimentação Concord, que também pertence a Prigozhin.
A rebelião de combatentes do grupo Wagner de 23 de junho abalou o poder na Rússia, em plena ofensiva na Ucrânia.
Durante várias horas, os efetivos do Wagner ocuparam um quartel do Exército russo na cidade de Rostov e avançaram centenas de quilômetros em direção à capital do país, Moscou.
O motim foi abortado depois de 24 horas com um acordo para que Prigozhin deixasse a Rússia e fosse para Belarus.
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