Rússia facilitará permissões de residência a profissionais da computação devido à escassez no mercado
A Rússia anunciou nesta quarta-feira (15) que vai facilitar as permissões de residência para cientistas da computação estrangeiros, para aliviar as dificuldades destes profissionais altamente qualificados, muitos dos quais deixaram o país após o início da ofensiva na Ucrânia.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Digital da Rússia, Maskut Shadaiev, "cerca de 100.000" cientistas da computação deixaram o país no ano passado.
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"Um cientista da computação estrangeiro que trabalha em uma empresa de informática respeitável, assim como seus familiares (...), têm o direito de obter uma permissão de residência na Federação Russa de forma simplificada", afirmou uma responsável pelo ministério russo do Interior, Irina Volk, em um vídeo postado nas redes sociais.
A Rússia já foi um país atraente para os cientistas da computação, mas o início da intervenção militar na Ucrânia causou um grande êxodo. A maioria deles se estabeleceu nos países do Cáucaso, como Armênia ou Geórgia, além da Turquia, Sérvia, Israel e Estados Unidos.
Desses países, alguns continuam trabalhando remotamente para empresas russas. Outros o fazem para empresas locais nos respectivos países onde moram.
Paralelamente, diversas empresas estrangeiras de tecnologia, como a americana Apple, deixaram o mercado russo, sob pressão das sanções internacionais adotadas contra Moscou.
Volk indicou nesta quarta-feira que "o prazo para examinar um pedido de permissão de residência é de três meses" para os cientistas da computação que pretendem se instalar na Rússia.
Para isso, bastará que apresentem às autoridades russas um contrato de trabalho válido e as qualificações obtidas no setor, explicou a responsável.
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