Procuradoria do Equador faz buscas em gabinetes da Presidência por corrupção
A Procuradoria equatoriana noticiou nesta sexta-feira (10) a realização de buscas nos gabinetes da Presidência e escritórios da petroleira estatal Petroecuador. Funcionários e ex-funcionários de ambas as entidades também tiveram suas residências revistadas devido a um suposto caso de corrupção na estatal do petróleo.
"Os indícios levantados na operação executada em Quito serão submetidos a perícias e análises, como parte da investigação realizada pela Promotoria do Equador por supostos atos de corrupção em empresas públicas", explicou o procurador no Twitter.
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A Procuradoria inicialmente relacionou as buscas ao chamado "Encuentro" - um caso de supostas irregularidades na designação de cargos e contratos em empresas do setor elétrico -, que envolvem o cunhado do presidente Guillermo Lasso.
Em um desdobramento seguinte, a Procuradoria reconheceu ter transmitido por "erro" em uma informação incorreta.
"Por um erro involuntário, foi apontado que as referidas diligências fazem parte de uma investigação aberta em 9 de janeiro, com base nas publicações de um meio digital; no entanto, é necessário explicar que a operação citada corresponde a uma outra investigação anterior pelo crime de extorsão", observaram.
A repartição pública especificou que os autos desta sexta-feira correspondem a uma investigação aberta em 4 de agosto de 2022 no "Caso Petroecuador", da qual não deu mais detalhes.
Em vários tuítes acompanhados de fotos, a Promotoria informou que as buscas foram realizadas no gabinete da Subsecretaria Jurídica da Presidência e nos escritórios de Administração e Procuradoria da Petroecuador.
Além disso, "as residências de Hugo A., Ítalo C., César P. e Marcos M., investigados neste caso foram revistadas". Nelas, "foram apreendidos aparelhos de armazenamento, notebooks, celulares e documentação", segundo a Promotoria.
Marcos Miranda é o subsecretário jurídico da Presidência, enquanto Hugo Aguiar é o atual gerente da Petroecuador. Ítalo Cedeño, ex-diretor, e César Pazmiño, ex-assessor, faziam parte da equipe da petroleira estatal.
Após a operação, a Presidência afirmou em comunicado que "colabora e vai colaborar com as investigações".
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