Ajuda à Síria - Conselho de Segurança irá se reunir após avaliar necessidades
O Conselho de Segurança da ONU irá se reunir para discutir a situação humanitária na Síria após a avaliação de suas necessidades após o terremoto desta semana, informaram, nesta sexta-feira (10), os embaixadores encarregados do expediente, enquanto continuam se multiplicando os chamados pela abertura urgente de outras passagens fronteiriças para assistência.
Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, visitará as áreas afetadas pelo terremoto, incluindo as regiões rebeldes que controlam o noroeste da Síria.
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A Suíça e o Brasil, membro não permanente encarregado do expediente humanitário sírio, convocaram uma reunião do Conselho "o quanto antes, a partir do começo da semana que vem", para ouvir a avaliação do chefe humanitário da ONU, disse a representante suíça, Pascale Baeriswyl.
"As necessidades adicionais e os mecanismos suplementares que o Conselho de Segurança possa vir a discutir irão depender da avaliação da situação concreta no terreno", acrescentou o embaixador brasileiro, Ronaldo Costa Filho.
"Não pode ser uma reação visceral ao que está na imprensa", acrescentou, julgando ser "fácil atingir o Conselho de Segurança" por suas decisões.
Antes do terremoto que atingiu a Síria e a Turquia, quase toda a ajuda humanitária crucial para mais de 4 milhões de pessoas que vivem nas áreas rebeldes do noroeste da Síria era transportada da Turquia através da passagem de Bab al-Hawa, graças a um mecanismo transfronteiriço criado em 2014 por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contestada por Damasco e por sua aliada Rússia, membro permanente com direito a veto. Moscou pressionou nos últimos anos para reduzir o número de passagens de quatro para uma.
A Human Rights Watch (HRW) pediu que a ONU dispense a permissão do Conselho, por não considerar necessário. "Se o Conselho de Segurança estiver em um impasse e a ONU determinar que é viável e seguro, eles devem avançar para enfrentar a crise e ajudar as vítimas", comentou no Twitter Louis Charbonneau, funcionário da organização.
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