Governo do Equador pede que apuração do referendo sobre extradição seja revisada

O Ministério de Governo do Equador pediu, nesta quarta-feira (8), às autoridades eleitorais que revisem a apuração "imprecisa" e "lenta" do referendo de domingo em que a população rejeitou a aprovação da extradição no país, após a contagem de 98% dos votos.

"Passaram-se mais de 48 horas e estão longe da certeza que o povo equatoriano exige (...). Ficamos cheio de incertezas pela lenta contagem dos votos, pela instabilidade e imprecisão da informação", disse a pasta em comunicado.

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Cerca de 20% das atas de votação têm inconsistências, de acordo com as informações mais recentes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

"Instamos suas autoridades a esgotar todos os recursos disponíveis que permitam esclarecer com lisura, contundência e sem o menor resquício de dúvida, coisa que agora parece improvável, a vontade popular", acrescentou.

O órgão eleitoral processou 98% das atas de votação das oito perguntas do referendo, que, além da extradição, incluía temas como a redução do número de assentos no Congresso, a incorporação dos sistemas hídricos às áreas protegidas e compensações para quem proteger o meio ambiente.

Na segunda-feira, o presidente direitista Guillermo Lasso, um ex-banqueiro, reconheceu a derrota do "sim" na consulta popular, com a qual pretendia ter ferramentas para combater o crescente crime organizado e a violência ligada ao tráfico de drogas.

No entanto, o Ministério de Governo solicitou que, "independentemente do pronunciamento que o presidente realizou (...) reconhecendo hipotéticos resultados do referendo", o CNE atue "com a devida celeridade, transparência, eficácia e diligência no processamento definitivo" dos resultados.

Também expressou sua preocupação pelas "crescentes dúvidas que a instituição provocou na população".

Uma pesquisa da empresa Cedatos, encerrada no sábado e divulgada por vários veículos de imprensa, estimava que 66% dos equatorianos eram a favor da extradição, proibida no país há oito décadas.

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