Costa Rica proíbe pesca de tubarão-martelo

No sul da Costa Rica, na costa do Oceano Pacífico, encontra-se o santuário de Golfo Dulce, com a Ilha del Coco como Patrimônio da Humanidade que abriga as maiores congregações de tubarões-martelo
Autor AFP Tipo Notícia

A Costa Rica proibiu, nesta quarta-feira (8), a pesca do tubarão-martelo, espécie muito requisitada para a sopa de barbatana, por meio de um decreto do presidente Rodrigo Chaves, que afirmou que a medida é um "exemplo mundial" na proteção dos recursos marinhos.

"A partir de agora, na Costa Rica, fica proibida a captura, retenção a bordo, transbordo, descarga, armazenamento e comercialização de produtos e subprodutos do tubarão-martelo [...], no todo ou em parte", afirma o decreto.

A proibição ocorre três meses depois que a cúpula da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagens (Cites) no Panamá decidiu, com ressalvas do Japão, regulamentar 54 espécies das famílias de tubarões requiem (Carcharhinidae) e tubarões-martelo (Sphynidae), os mais traficados como ingredientes na sopa de barbatana.

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A decisão da Cites (uma convenção assinada por 183 países e a União Europeia) foi um golpe no lucrativo comércio de barbatanas, que fornece o ingrediente essencial para a famosa sopa, uma iguaria no Leste Asiático.

Chaves destacou que o tubarão-martelo "tem um lugar muito especial em nosso DNA de preservação ambiental".

"Esses animais estão nas nossas notas, temos santuários para a sua proteção e milhares de turistas nos visitam para observar esta espécie em vias de extinção", afirmou o presidente.

No sul da Costa Rica, na costa do Oceano Pacífico, encontra-se o santuário de Golfo Dulce, com a Ilha del Coco como Patrimônio da Humanidade que abriga as maiores congregações de tubarões-martelo, destacou a Presidência.

Os tubarões requiem (família que inclui espécies como o tubarão-cabeça-chata e o tubarão-tigre) e os tubarões-martelo respondem por mais da metade do comércio mundial de barbatanas, centrado em Hong Kong e que movimenta cerca de US$ 500 milhões por ano.

Um quilo de barbatanas pode custar até mil dólares nos mercados do Leste Asiático.

Segundo a crença popular, a sopa de barbatana retarda o envelhecimento, melhora o apetite, ajuda a memória e estimula o desejo sexual.

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