Troca de acusações na ONU sobre armas químicas na Síria
Membros do Conselho de Segurança da ONU exigiram da Síria, nesta terça-feira (7), "garantias" de que o país não faz uso de armas químicas, após a divulgação de um relatório que acusa o governo sírio de ter realizado um ataque com cloro em 2018, o que Damasco e Moscou negam.
No fim de janeiro, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) acusou autoridades sírias de terem lançado um ataque com cloro no qual 43 pessoas morreram em 2018.
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"Existem motivos razoáveis para acreditar" que pelo menos um helicóptero da força aérea síria lançou dois barris de gás tóxico na cidade de Douma, perto de Damasco, durante a guerra civil, conclui o relatório dos investigadores da Opaq, apresentado hoje no Conselho de Segurança.
"Este relatório é uma etapa importante e necessária para estabelecer a verdade sobre o ataque horrível contra Douma em 2018", assinalaram em declaração conjunta oito membros do Conselho de Segurança (Albânia, Equador, França, Japão, Malta, Suíça, Estados Unidos e Estados Unidos), após a reunião.
Diante da "falta de garantias" de Damasco quanto à destruição de seus arsenais de armas químicas, esses países acusam a Síria de "violar seus compromissos" adquiridos com a Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas, o que constitui uma "ameaça à segurança internacional".
"Não desistiremos até que tenhamos a garantia da Opaq de que a Síria tomou as medidas necessárias para excluir completamente a possibilidade do uso de armas químicas em qualquer lugar, a qualquer momento, sob quaisquer circunstâncias", afirmaram os membros.
A embaixadora britânica Barbara Woodward afirmou que o regime de Bashar al-Assad "trabalha ativamente na reconstrução do seu arsenal químico desde, pelo menos, 2018".
A Síria refutou as conclusões da Opaq, enquanto sua aliada Rússia questionou diretamente a integridade da organização. Damasco e Moscou afirmam que o ataque de Douma foi uma montagem feita por socorristas, o que a Opaq nega.
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