Por que terremoto que atingiu Turquia e Síria foi tão devastador? Entenda

Os terremotos recorrentes se devem ao fato de a Turquia estar localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo

Na madrugada desta segunda-feira, 6, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste da Turquia e o norte da Síria, deixando mais de 5 mil mortos e milhares de feridos. Os tremores foram sentidos às 4h17min no horário local (22h17 do domingo, no horário de Brasília) e ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

O epicentro do terremoto foi localizado no distrito de Pazarcik, na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, a cerca de 60 km da fronteira com a Síria. Um novo terremoto, de magnitude 7,4, atingiu o território às 13h24min (7h24min, no horário de Brasília), a quatro quilômetros da cidade de Ekinozu. Devido ao grande impacto do tremor, reverberações puderam ser sentidas na Groenlândia, que fica a mais de 5 mil quilômetros do centro do terremoto.

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Outros 50 terremotos secundários foram registrados nas imediações e, por questões de segurança, o uso de gás na região foi suspenso, visto que poderia resultar em explosões. A quantidade de mortos se deve ao fato de o terremoto ter acontecido durante a madrugada, enquanto a maioria das pessoas estava dormindo.

Por que terremoto foi tão devastador
Por que terremoto foi tão devastador (Foto: O POVO)

Este é o maior terremoto na Turquia desde 17 de agosto de 1999, que resultou na morte de 17 mil pessoas, sendo mil delas em Istambul. O vice-presidente turco, Fuat Oktay, afirmou que pelo menos três dos aeroportos das zonas afetadas foram fechados ao tráfego.

A União Europeia e outros países-membros anunciaram o envio de ajuda e equipes de resgate. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Índia e Ucrânia também declararam apoio à Turquia. A Grécia, principal rival histórico do país, afirmou “disponibilizar todas as suas forças”, pontuou o primeiro-ministro, Kyriákos Mitsotákis.

Especialistas alertaram que um grande terremoto na região turca poderia assolar a cidade de Istambul, que fez construções generalizadas sem precaução. De acordo com o professor e doutor em geociências pela USP, Afonso Almeida, a única medida a ser tomada para evitar tais devastações é investir na construção de cidades sismo-resistentes, como é feito no Japão, por exemplo.

“Istambul, fica a cerca de 800 Km a noroeste dos epicentros dos terremotos de hoje-ontem e não está na linha de propagação da fratura, portanto, seria possível, dada a magnitude, que esta cidade sofresse abalos, mas não causariam danos maiores”, afirmou.

O professor acrescenta que a constante onda de terremotos na Turquia ocorre em decorrência de uma fratura extensiva que se propaga em direção ao norte da região.

Em janeiro de 2020, um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig e resultou na morte de mais de 40 pessoas. Em outubro do mesmo ano, outro, de magnitude 7,0, sacudiu o Mar Egeu, deixando 114 mortos e mais de mil feridos.

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