Milhares de pessoas assistem a funeral de ex-presidente paquistanês Musharraf em Karachi
Milhares de pessoas compareceram nesta terça-feira (7) ao funeral em Karachi, no sul do Paquistão, do ex-governante militar Pervez Musharraf, que deixa um legado controverso em seu país, o qual transformou no principal aliado regional dos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda.
Último líder militar do Paquistão, o general Musharraf morreu no domingo (5), aos 79 anos, em Dubai, onde se estabeleceu desde 2016 para receber tratamento médico.
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Em uma cerimônia simples, realizada em um acampamento militar em Karachi, compareceram quase 10.000 pessoas, principalmente militares da ativa e reformados.
O corpo do ex-governante será enterrado em um cemitério militar.
Nem o presidente Arif Alvi, nem o primeiro-ministro Shehbaz Sharif, nem o comandante do Estado-Maior Asim Munir compareceram ao funeral.
Musharraf chegou ao poder em 1999 com um golpe de Estado contra Nawaz Sharif. Declarou-se presidente em junho de 2001 e venceu um polêmico referendo em 2002.
Inicialmente percebido como um moderado, Musharraf se consolidou como o principal aliado dos Estados Unidos na região na luta contra a Al-Qaeda, após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Durante seus nove anos no poder, a economia do país cresceu, os veículos de comunicação se liberalizaram e o Exército jogou a cartada do apaziguamento contra a rival Índia. Ao mesmo tempo, o governo suspendeu a Constituição duas vezes e foi acusado de abuso dos direitos humanos contra seus opositores.