Sobe para 12 total de migrantes mortos encontrados no Mediterrâneo
Doze imigrantes morreram tentando cruzar o Mediterrâneo - anunciaram as autoridades italianas e uma ONG, nesta sexta-feira (3), avivando o debate sobre as restrições impostas por Roma às organizações de resgate.
Ontem, a Guarda Costeira italiana encontrou, em uma embarcação no Mediterrâneo, os corpos de oito imigrantes - cinco homens e três mulheres, uma delas grávida.
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Os 42 sobreviventes foram levados para a ilha italiana de Lampedusa e contaram que, durante a travessia, um homem e um bebê caíram no mar, acrescentou a Guarda Costeira, em um comunicado.
E, nesta sexta-feira, a ONG alemã Sea-Eye disse que seu navio "Sea-Eye 4" resgatou 109 pessoas, incluindo várias crianças, mas também recuperou dois corpos, em duas operações na noite de ontem.
O prefeito de Lampedusa, Filippo Mannino, expressou sua preocupação com as novas mortes.
"Perdi a conta dos mortos. Sou prefeito há seis meses, e já recebemos 40 mortos. Não é normal. Quase todas as semanas encontramos cadáveres", lamentou Mannino, em um comunicado à AFP.
Os migrantes deixaram Túnis no sábado, informou a imprensa local.
A ilha de Lampedusa - um território de 20 km² localizado a centenas de quilômetros da costa da Tunísia, no centro do Mediterrâneo - é uma das principais portas de entrada da imigração por via marítima da África para a Europa.
Quase 5.000 migrantes entraram na Itália desde o início do ano, segundo o Ministério do Interior, contra pouco mais de 3.000 no mesmo período em 2022, e 1.000, em 2021.
Para tentar conter as chegadas, Roma adotou, no início de janeiro, uma nova lei que restringe as atividades das organizações de resgate no mar, embora o número de pessoas resgatadas por esses grupos humanitários represente 10% do total.
O governo acusa essas ONGs de funcionarem como um incentivo e de estimularem os traficantes.