Acusação de fraude derruba cotação do conglomerado que pertence ao homem mais rico da Ásia
As ações do conglomerado indiano que pertence ao homem mais rico da Ásia, Gautam Adani, registraram queda de 15% nesta sexta-feira, o que provocou a suspensão da cotação na Bolsa, poucos dias depois da acusação de fraude contra o grupo apresentada por uma empresa americana de investimentos.
O título da Adani Enterprises caiu a 508,45 rupias (6,23 dólares) na Bolsa de Mumbai durante a tarde, o que provocou a suspensão das negociações durante 105 minutos.
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A cotação da filial Adani Total Gas também foi suspensa, depois que a ação caiu 20%.
A empresa Hindenburg Research alegou esta semana que o grupo Adani teria desenvolvido um "sistema de fraude na contabilidade durante décadas" e manipulado os lucros "para manter a aparência de boa saúde financeira e de solvência" de suas filiais que têm cotação na Bolsa.
O conglomerado rebateu as acusações, que chamou de "mal-intencionada".
Com a crise, em apenas dois dias o magnata Gautam Shantilal Adani, 60 anos, passou da terceira posição no ranking das maiores fortunas do mundo para a sétima, segundo a revista Forbes. O empresário perdeu 19 bilhões de dólares.
O conglomerado Adani inclui atividades que vão de minas de carvão na Austrália a grandes portos na Índia. A capitalização de suas sete empresas cotadas supera 218 bilhões de dólares.
As ações destas filiais subiram 2.000% nos últimos três anos e adicionaram mais de 100 bilhões de dólares ao patrimônio líquido de seu fundador, que tem uma fortuna calculada atualmente em 120 bilhões de dólares.
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