Presidente de Israel pede à Europa que reforce luta contra o antissemitismo
O presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu à Europa nesta quinta-feira (26) que reforce a luta contra o antissemitismo, e denunciou um preocupante aumento nas mensagens de ódio que se espalham principalmente online.
"O discurso antissemita se fortalece não só nos regimes obscuros, mas também no coração do Ocidente livre e democrático", disse Herzog em um discurso diante do Parlamento Europeu na véspera do Dia da Lembrança do Holocausto.
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O presidente israelense enfatizou que o "ódio", o "antissemitismo" e a negação do Holocausto" ainda existem e pediu "aos funcionários eleitos da Europa que não fiquem parados. É necessário ler os sinais de alerta, identificar os sintomas da pandemia do antissemitismo e combatê-la a todo custo", insistiu.
Um relatório publicado pela União Europeia (UE) em novembro do ano passado reforçou que a desinformação e o ódio contra os judeus "floresceram" online desde a invasão russa à Ucrânia, o que agravou uma tendência que teve início com a pandemia de covid-19.
A Comissão Europeia, braço Executivo da UE, apresentou em 2021 uma estratégia para combater o antissemitismo, após uma escalada desses casos.
Herzog também pediu aos políticos europeus que não confundam as críticas à Israel com a negação da "própria existência do Estado de Israel".
"Colocar em dúvida o direito do povo judeu a existir como um estado-nação não é uma diplomacia legítima (...) é o antissemitismo no sentido pleno da palavra e deve ser completamente erradicado", afirmou.
Os países da bloco europeu têm opiniões divergentes sobre Israel e, muitas vezes, lutam para estabelecer um posicionamento em conjunto sobre o conflito com os palestinos.
No ano passado, a UE e Israel retomaram as reuniões de um conselho conjunto após uma pausa que durou uma década, devido ao repúdio israelense sobre as críticas de Bruxelas à expansão dos assentamentos na Cisjordânia.
Mas o retorno de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel à frente do governo de extrema direita do país diminuiu as esperanças de uma melhora nas relações.
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